Cluster do mobiliário alimenta o negócio com “charme internacional”
Foi à boleia da participação em quase mil eventos de promoção internacional, num investimento total de 45 milhões de euros durante os últimos cinco anos, que as exportações do cluster do mobiliário aumentaram 32% neste período, atingindo um valor recorde de 1,83 mil milhões de euros em 2019.
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Os dados foram cedidos ao Negócios pela Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), que integra também áreas de atividade como colchoaria, decoração, tapeçaria e iluminação, descrevendo "uma intensa operação de charme internacional que revolucionou o posicionamento destes setores a nível mundial".
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No âmbito dos cinco projetos Interfurniture / Portuguese Furniture, dinamizados por esta associação e apoiados pela AICEP e pelo Compete 2020, mais de 500 empresas nacionais participaram em 109 feiras setoriais em vários países, tendo ainda organizado dezenas de missões empresariais no estrangeiro e outras que trouxeram importadores a Portugal.
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Entre 2014 e 2019, a subida das vendas ao exterior assentou sobretudo na consolidação nos dois principais mercados – França (34%) e Espanha (25%) valem mais de metade das exportações – e no crescimento da exposição em novos mercados, como o alemão e o norte-americano. No total, nove em cada dez euros são faturados por esta indústria fora do país.
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Para Gualter Morgado, diretor executivo da APIMA, esta performance assentou "na qualidade dos produtos, na inovação e no design, e não no fator preço". Envolveu a "consolidação das grandes indústrias, mas também o aumento do número de empresas exportadoras", que passaram de 876 para 916 em cinco anos, segundo esta organização representativa da indústria, sediada no Porto.
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Com um total de 4.500 empresas e 31 mil trabalhadores, o cluster do mobiliário estima que a crise do novo coronavírus, que vai pôr dois terços do setor em lay-off, terá um impacto negativo de 30% na faturação anual, em relação a 2019. O porta-voz da indústria acredita que "boa parte" dos funcionários dispensados vão ser absorvidos por empresas de maior dimensão, mas não evitará a perda de 15% dos empregos até dezembro.
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