OPA obrigatória de Mário Ferreira sobre Media Capital arranca a 21 de julho
A oferta pública de aquisição (OPA) obrigatória da Pluris, de Mário Ferreira, sobre as ações da Media Capital decorre a partir desta quarta-feira, 21 de julho, indicou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em comunicado.
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A OPA tinha sido preliminarmente anunciada pela Pluris a 25 de novembro do ano passado após a CMVM ter considerado que existiu concertação de "influência dominante" sobre a dona da TVI entre a Prisa, anterior dona da Media Capital, e a Pluris anterior à "alienação integral da participação da Prisa em 3 de novembro de 2020".
Assim, refere o documento, "o registo, lançamento e conclusão da Oferta finalizam os procedimentos administrativos emergentes da alteração de controlo verificada" na Media Capital em 2020, "por efeito da entrada da Pluris no seu capital".
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Desta forma assinala "os acionistas da Media Capital poderão apenas alienar a sua participação no contexto da Oferta a lançar pela Pluris, com início no dia 21 de julho".
A CMVM justifica o hiato entre o anúncio preliminar da OPA e o seu lançamento agora com a determinação da contrapartida mínima da oferta por um auditor independente, o que apenas ocorreu a 2 de março, bem como a opção de "aguardar pela decisão da ERC, à data de sentido e conteúdo ainda desconhecidos". A contrapartida foi fixada em 0,7395 euros por ação.
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A Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) autorizou a 8 de junho, de forma incondicional, a possibilidade da Pluris adquirir o controlo do Grupo Media Capital (GMC), isto após de "nos termos estabelecidos por aquela entidade, a Pluris e a Prisa terem "repetido" o negócio que já haviam celebrado há mais de 1 ano (i.e. transmissão de 30,22% da GMC a favor da primeira)".
Mais recentemente, vários acionistas da Media Capital declararam a não aceitação da OPA da Pluris, tendo a CMVM determinado a comunicação ao mercado de tais declarações e investigado o "âmbito e natureza da relação entre os subscritores de tais declarações".
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Estas diligências terminaram "sem que tenham sido recolhidos elementos que permitam sustentar a existência de concertação entre aqueles acionistas (com a Pluris ou somente entre si)", assinala a CMVM.
Os acionistas em causa são a Biz Partners, CIN, DoCasal Investimentos, Fitas & Essências, Triun e Zenithodissey, que, de acordo com o site da Media Capital, detinham a 3 de novembro de 2020 um total de 66,72% do capital da dona da TVI, enquanto a Pluris controlava 30,22%.
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