Wall Street fecha no vermelho e juros agravam-se de olhos postos em Washington
Wall Street encerrou a sessão desta terça-feira em terreno negativo, com os investidores de olhos postos na Casa Branca, à espera de uma solução dos líderes políticos do país para conseguir impedir que os EUA entrem em "default".
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O industrial Dow Joes caiu 1,01% para 33.012,14 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) deslizou 0,64% para 4.109,90 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,18% para 12.343,05 pontos.
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Já no mercado da dívida, as "yields" agravaram-se em todas as maturidades, tendo os juros das obrigações a 30 anos alcançado os 3,9%, alcançando máximos do início de março, quando o mercado foi afetado pela turbulência no setor bancário.
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Os investidores esperaram mas ainda não foi durante a sessão desta terça-feira que se viu fumo branco na Casa Branca. À hora da redação deste artigo, o presidente Joe Biden e o presidente da maioria republicana Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, estão reunidos na Casa Branca a discutir o tecto do limite da dívida norte-americana. Presentes estarão também outros líderes do Congresso.
O impasse sobre subir ou não o limite da dívida do país está a influenciar a negociação, apesar de os investidores ouvidos pela Bloomberg terem dito que acreditam que haverá um acordo de última hora, evitando assim que o país entre em incumprimento, ou seja, fique sem capacidade de fazer face às suas responsabilidades financeiras.
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O dia serviu ainda para digerir os mais recentes dados macroeconómicos e as declarações de um membro da Fed. O último inquérito do Bank of America revela que em maio os gestores de fundos de investimento bateram no fundo do pessimismo, alcançando o nível mais baixo deste ano, com 65% dos inquiridos a apontarem para um enfraquecimento da economia norte-americana.
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Por outro lado, as vendas a retalho subiram em abril, sustentando a ideia de que a economia norte-americana se mantém resiliente para suportar mais aumentos dos juros diretores.
A presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que o banco central não pode fazer muito para combater a contração da economia a longo prazo, mas que "pode fazer a sua parte", garantindo a estabilidade dos preços. Paralelamente, o líder do banco central em Richmond, Thomas Barkin, frisou a ideia de que caso seja necessário continuar a subir as taxas de juro para combater a inflação, a autoridade monetária assim o fará.
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