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Ao minuto20.10.2025

Europa aproxima-se de máximos históricos. BNP Paribas afunda mais de 7%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta segunda-feira.

Euronext
Euronext Aurelien Morissard/AP
20 de Outubro de 2025 às 17:55
20.10.2025

Europa aproxima-se de máximos históricos. BNP Paribas afunda mais de 7%

Os principais índices europeus voltaram aos ganhos, após terem encerrado a última sessão no vermelho - pressionados pelos receios em torno da vitalidade da banca regional norte-americana. Sem desenvolvimentos na relação comercial entre EUA e China, os investidores aproveitaram o dia para reforçar as suas posições nas ações do Velho Continente, com a maioria das praças a registarem ganhos superiores a 1%. 

O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, encerrou a sessão com ganhos de 1,03% para 572,10 pontos, ficando bastante próximo do valor recorde de 574,32 pontos que atingiu no início do mês. As tecnológicas foram as principais impulsionadoras, com o setor a ganhar mais de 2% esta segunda-feira, enquanto os títulos ligados aos media acabaram por limitar os avanços do índice regional. 

Em França, o CAC-40 conseguiu inverter a tendência do início da sessão e acabar no verde, apesar de ter estado sob pressão do BNP Paribas. O banco francês afundou 7,73% para 69,10 euros, após ter . O resto da banca gaulesa foi arrastada para o vermelho, com, por exemplo, o Société Générale a perder mais de 1%. 

No entanto, as quedas do setor bancário francês acabaram por ser compensadas pela valorização no setor do luxo. A Kering saltou 4,83% para 324,50 euros, depois de ter concordado em - o que acabou por dar impulso às pares da dona da Gucci no setor. 

"Há uma recuperação em curso no CAC-40 e muitas empresas que não estão na linha da frente do risco político, como a LVMH ou a Kering, estão a recuperar", explica Andrea Tueni, diretor de vendas do Saxo Banque France, à Bloomberg. 

Já na Alemanha, a entrada em bolsa da fabricante de submarinos e navios militares ThyssenKrupp Marine Systems deu ânimo à negociação. e chegaram a atingir os 107 euros durante a sessão, tendo encerrado a mesma nos 83,10 euros. Por sua vez, a ThyssenKrupp - empresa mãe - desvalorizou 19,40% devido a este "spin-off"

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX acelerou 1,80%, o espanhol IBEX 35 ganhou 1,46%, o italiano FTSEMIB valorizou 1,52%, o francês CAC-40 saltou 0,39%, o britânico FTSE 100 pulou 0,52% e o neerlandês AEX cresceu 1,10%.

20.10.2025

Juros franceses contrariam tendência europeia e agravam-se após corte de rating

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão maioritariamente com alívios, com França a ser o único país a destoar da tendência. O crescimento do interesse dos investidores em obrigações não foi suficiente para eclipsar o impacto negativo do s, que se encontra agora no mesmo nível da de Portugal (A+). 

A "yield" das obrigações francesas a dez anos, maturidade de referência, avançou 0,2 pontos base para 3,361%, enquanto os juros da dívida alemã com a mesma maturidade, que servem de referência para a Zona Euro, caíram 0,3 pontos para 2,576%. O prémio de risco entre as duas encontra-se agora nos 78,5 pontos - bastante abaixo dos máximos deste ano atingidos no rescaldo da demissão de Sébastien Lecornu do cargo de primeiro-ministro (entretanto reconduzido).

Pelos países da Europa do sul, os juros da dívida portuguesa e espanhola a dez anos recuaram 0,3 e 0,4 pontos base para 3,101% e 2,948%, respetivamente, enquanto em Itália os alívios foram muito mais substanciais. A "yield" da dívida do país caiu 1,2 pontos para 3,364%, isto depois de a DBRS ter elevado o "rating" da nação liderada por Giorgia Meloni de "BBB (alto)" para "A (baixo)".

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas cederam 2,5 pontos base para 4,503% e os das "Tresuries" norte-americanas deslizam 1,7 pontos para 3,991%. 

20.10.2025

Iene enfraquecido com futuro político. Dólar espera decisão sobre "shutdown"

Nota de mil ienes japoneses em destaque

O dólar norte-americano está a negociar de forma estável face a outras divisas, enquanto os investidores reagem ao 20.º dia de "shutdown" nos EUA, que será votado pela nona vez esta segunda-feira. Ao mesmo tempo, o iene perde terreno, numa altura em que a nova líder do partido no poder, Sanae Takaichi, deverá mesmo tornar-se a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra no Japão, trazendo consigo medidas vistas pelos analistas como mais duras e conservadoras. 

"Os 'traders' agora estão a ver quais os planos orçamentais que serão elaborados pelo novo Governo de coligação", disse o economista do MUFG, Lee Hardman, sobre a nova aliança à direita no poder: o Partido Liberal Democrata, de Takaichi, e o Partido da Inovação do Japão. 

Esta tarde, o dólar desce 0,05% para 150,53 ienes, enquanto o euro sobe 0,02% para 175,50 ienes. Já o euro soma modestos 0,02% para 1,1657 dólares e o índice da "nota verde" DXY ganha 0,1% para 98,5210 pontos.

O euro subiu ligeiramente em relação ao dólar, à medida que as tensões políticas em França parecem ter abrandado, mas a cautela dos investidores persistiu.

O mercado ainda não incorporaram totalmente o risco trazido por França sobre o euro, ofereceu apenas um alívio político temporário. 

Nos EUA, os resultados trimestrais otimistas dos bancos ajudaram a aliviar as preocupações com o risco de crédito, levando o dólar a estabilizar, isto após uma semana turbulenta, em que algumas instituições financeiras sinalizaram problemas com empréstimos e fraudes, os investidores agora aguardam mais lucros trimestrais para verificarem se há mesmo mais sinais de tensão no setor.

Os economistas consultados pela Reuters acreditam que a resiliência do dólar será testada em várias frentes. "Primeiro, a paralisação do governo está a prejudicar a atividade económica tanto direta como indiretamente", disse Klaus Baader, economista-chefe do Société Générale Corporate and Investment Banking (SGCIB), acrescentando que as tensões entre os EUA e a China eram uma segunda grande preocupação entre o mercado. "Em terceiro, as tarifas que já estão em vigor continuam a propagar-se, desacelerando o crescimento real dos rendimentos das famílias e pesando nas margens das empresas", explicou ainda. 

Já o Barclays sinalizou que, sem um catalisador óbvio para encerrar a paralisação do governo federal nas próximas semanas, o "shutdown" pode estender-se até novembro.

20.10.2025

Ouro aproxima-se de máximos históricos à boleia das tensões comerciais

ouro

As tensões comerciais entre os EUA e a China continuam a dar força ao ouro no arranque desta semana. O metal precioso está a valorizar quase 2% esta segunda-feira, impulsionado por um reforço das posições dos investidores em ativos de refúgio, numa altura em que os avanços e recuos na política comercial das duas maiores economias do mundo lançam a incerteza nos mercados. 

A esta hora, o ouro avança 1,78% para 4.328,14 dólares por onça, depois de ter chegado a tocar nos 4.378,69 dólares na semana passada - o maior valor de sempre. O recorde ainda foi atingido na sexta-feira, mas o metal precioso acabou por fechar a sessão com quedas de 1,8%, após Donald Trump ter aliviado as preocupações dos investidores em relação à disputa comercial com a China. 

No entanto, esta segunda-feira, a narrativa está de novo a dominar as atenções dos "traders". "A nossa expectativa é que o preço suba ainda mais nas próximas semanas e meses - e não ficaríamos surpreendidos se chegasse aos 4.500 dólares por onça em breve", antecipa Jeffrey Christian, analista do CPM Group, à Reuters.

Estes avanços e recuos acontecem numa altura em que o Governo norte-americano continua em "shutdown". A paralisação parcial arrasta-se já pelo 20.º dia consecutivo e, esta segunda-feira, democratas e republicanos vão votar mais uma vez para tentar resolver o impasse, que tem deixado os mercados a navegar às escuras sem novos dados económicos. 

No entanto, os investidores estão à espera, pelo menos, dos dados da inflação referentes a setembro, que devem ser lançados no final da semana, de acordo com o que uma fonte da Casa Branca disse à CNBC. Os analistas antecipam que os preços tenham subido 3,1% em termos homólogos no mês passado, em comparação com os 2,9% de agosto - dados que não deverão desviar a Reserva Federal (Fed) norte-americana de apostar num novo corte nas taxas de juro na reunião de 28 a 29 de outubro. 

O mercado de "swaps" está ainda a apontar para um novo alívio de 25 pontos base em dezembro, mas para o próximo ano o cenário já se complica. Apesar de o mercado laboral continuar a dar sinais de enfraquecimento, o que levaria o banco central a apostar numa flexibilização monetária mais agressiva, a Fed tem ainda em mãos uma inflação persistente - que continua longe do objetivo estabelecido de 2%. 

Já a prata está a crescer 1,22% para 52,49 dólares por onça. O metal encerrou a sessão de sexta-feira a cair 4,4%, apesar de até ter conseguido alcançar um novo máximo histórico de 54,47 dólares durante a manhã.

20.10.2025

Petróleo em queda com excedente no radar

Petróleo.

Os preços do petróleo chegaram a cair quase 2% esta segunda-feira, tendo entretanto reduzido as quedas para cerca de 1%, numa altura em que os investidores continuam a digerir as mais recentes previsões de um excedente cada vez mais acentuado de crude no mercado para o próximo ano. 

O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os EUA – perde a esta hora 1,01% para os 57,01 dólares por barril. Também o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,96% para os 60,75 dólares por barril. Os dois "benchamarks" encerraram a semana passada com um saldo negativo superior a 2%, marcando a terceira semana consecutiva de perdas. 

As previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), que estima que o excedente de crude possa chegar até aos 4 milhões de barris por dia em 2026, continuam a afastar os investidores do mercado. A escalada das tensões entre China e EUA pode agravar ainda mais este número, com a Organização Mundial do Comércio a prever que, se não existir um entendimento entre as duas nações, a produção económica global poderá diminuir em 7% no longo prazo. 

No campo das tensões geopolíticas, a promessa que o primeiro-ministro indiano terá feito a Donald Trump na semana passada parece estar ainda por cumprir. O Presidente norte-americano afirmou que a Índia iria parar de comprar petróleo à Rússia, numa altura em que os EUA estão empenhados em reduzir as fontes de financiamento de Vladimir Putin, mas ainda este domingo o líder da maior economia do mundo ameaçou manter as sanções à nação liderada por Narendra Modi - exatamente por continuar a comprar crude russo.

20.10.2025

Wall Street arranca em alta. Investidores preparam-se para nova leva de resultados

Wall Street.

Os principais índices norte-americanos arrancaram a primeira sessão da semana em alta, numa altura em que os investidores se preparam para receber os resultados de uma série das maiores empresas de Wall Street - além dos dados da inflação referentes a setembro, que vão ser divulgados apesar de o "shutdown" do Governo em curso, de acordo com o que uma fonte da Casa Branca disse à CNBC. 

A esta hora, o S&P 500 avança 0,71% para 6.711,15 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,94% para 22.893,50 pontos e o industrial Dow Jones acelera 0,52% para 46.434,31 pontos. Os três índices encerraram a última sessão, na sexta-feira, em alta, marcando o fim de uma semana bastante volátil para Wall Street. 

Entre as grandes empresas que se preparam para apresentar contas ao mercado esta semana, os claros destaques vão para os pesos-pesados Tesla e Netflix, além da Ford, General Motors e ainda da Coca-Cola e da Intel. De acordo com dados da LSEG, citados pela Reuters, o terceiro trimestre das cotadas do S&P 500 deverá ser bastante positivo, com um crescimento nos lucros de 9,3% face ao mesmo período do ano passado - mas as expectativas dos investidores estão altas, numa altura em que as ações continuam a renovar máximos históricos.

"As preocupações renovadas com o crédito [da banca regional norte-americana] e com a política comercial [da administração Trump] são indicativas de quão vulneráveis estão as condições do mercado", explica Jordan Rizzuto, diretor de investimentos da GammaRoad Capital Partners, à Reuters. A banca regional vai estar ainda no radar dos investidores, com uma nova leva de resultados, depois de os mercados terem sido agitados na semana passada, após dois bancos terem admitido problemas na qualidade dos empréstimos que concederam.

No campo da política comercial, o Presidente dos EUA continua a lançar a incerteza nas bolsas. Apesar de ter sugerido uma diminuição das tarifas às exportações chinesas para o país, caso Pequim continue a comprar produtos agrícolas importantes como a soja, Donald Trump decidiu culpar a China pelo mais recente fracasso nas negociações comerciais - colocando em dúvida qualquer adiamento do fim do prazo para encontrar um acordo entre as duas maiores economias do mundo. 

Entre as principais movimentações de mercado, a Boeing acelera 1,46% para 216,05 dólares, depois de a fabricante de aeronaves ter conseguido "luz verde" da Administração Federal de Aviação para aumentar a produção do modelo 737 MAX. Já a WeightWatchers dispara 15,17% para 30,99 dólares, após a empresa ter celebrado um contrato com a Amazon para a entrega de medicamentos para a perda de peso. 

20.10.2025

Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

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A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,015%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,100%) e a 12 meses (2,139%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 2,100%, menos 0,013 pontos do que na sexta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto indicam que a Euribor a seis meses representava 38,13% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,95% e 25,45%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu, ao ser fixada em 2,139%, menos 0,025 pontos do que na sessão anterior.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou para 2,015%, mais 0,003 pontos do que na sexta-feira.

Em setembro, as médias mensais da Euribor subiram de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada a 12 meses.

A média da Euribor em setembro subiu 0,006 pontos para 2,027% a três meses e 0,018 pontos para 2,102% a seis meses.

Já a 12 meses, a média da Euribor avançou mais acentuadamente em setembro, designadamente 0,058 pontos para 2,172%.

Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença, Itália.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

20.10.2025

Europa avança após alívio de tensões entre EUA e China

As principais bolsas europeias arrancaram a semana no verde, com os investidores animados por algum desanuviamento nas relações entre Washington e Pequim. O índice pan-europeu Stoxx600 avança 0,79%, para os 570,74 pontos, com os maiores impulsionadores a serem os setores da banca e da indústria.

O espanhol IBEX35 sobe 1,37%, com a banca em destaque após o fracasso da OPA hostil do BBVA sobre o Banco Sabadell. O alemão DAX sobe 1,15%, enquanto o parisiense CAC ganha 0,61%.

O italiano FTSEMib avança 1,37%, enquanto o londrino FTSE100 valoriza 0,51% e em Amesterdão o AEX sobe 0,5%.

Uma das estrelas do dia é a Kering, que avança 4,73% para 324,20 euros após ter acordado a venda, por 4 mil milhões de euros, da sua unidade de beleza à L'Oreal, cujas ações sobem 1,42%, até aos 396,20 euros.

20.10.2025

Corte de rating de França penaliza juros na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta segunda-feira, penalizados pela colocando a segunda maior economia do bloco da moeda única com a mesma classificação que Portugal e Espanha.

A "yield" da dívida francesa a 10 anos sobe 1,4 pontos base, para 3,373%, enquanto a das "bunds" alemãs, referência para a Europa, avança 0,5 ponyos, fixando-se em 2,584%.

Em Portugal, os juros da dívida sobem 0,1 pontos base, para 2,953%, com o país vizinho a registar um agravamento de igual magnitude, até aos 3,105%.

Já os juros de Itália seguem inalterados nos 3,376%, depois de na sexta-feira a DBRS ter subido a classificação da dívida transalpina para A (baixo).

20.10.2025

Dólar estável apesar de pressão do "shutdown" e perspetiva de corte dos juros

A moeda norte-americana está relativamente estável esta segunda-feira perante as principais divisas. Os receios sobre o efeito do "shutdown" do Governo federal e as perspetivas de que a Reserva Federal (Fed) corte as taxas de juro nos EUA em 25 pontos base na próxima reunião estão a debilitar a "nota verde", mas nem todas as rivais conseguem beneficiar.

O euro sobe 0,09% e negoceia nos 1,1665 dólares, enquanto a libra esterlina cede 0,04%, para os 1,3422 dólares. 

A divisa norte-americana ganha também face à contraparte nipónica, com o dólar a valorizar 0,08%, para os 150,7300 ienes.

20.10.2025

Petróleo desliza com tensões entre EUA e China

Os preços do petróleo estão a ter um pequeno deslize, num momento em que as tensões permanecem descontroladas entre os EUA e a China. Sem sinais de alívio entre as duas maiores economias mundiais, as preocupações com o excesso de ouro negro no mercado e uma desaceleração económica, os preços voltam a cair, marcando a sua terceira queda semanal. 

O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os EUA – perde a esta hora 0,70% para os 57,14 dólares por barril. Também o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,64% para os 60,90 dólares por barril.

De acordo com analistas ouvidos pela Reuters e pela Bloomberg, o petróleo encontra-se em queda pelas tensões geopolíticas e depois da Agência Internacional de Energia ter previsto um excesso da oferta no mercado para o próximo ano. Para a agência, este excedente é agora maior do que o inicialmente previsto.

"Preocupações com o excesso de oferta devido ao aumento da produção dos países produtores de petróleio, somadas ao tremores de uma desaceleração económica decorrente da escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China, estão a alimentar a pressão de venda", explicou Toshitaka Tazawa, analista da Fujitomi Securities, à Reuters.

Apesar da Bloomberg evidenciar o otimismo do presidente dos EUA no acordo com Xi Jinping, a economia da China desacelerou pelo segundo trimestre consecutivo, com as exportações - até aqui em expansão - a serem prejudicadas pela redução dos gastos dos consumidores e empresas. Ainda assim, Pequim mantém-se positivo em relação à meta de crescimento anual de 5%.

A pressionar os preços está ainda o fornecimento de petróleo russo. Trump alertou novamente a Índia para que parasse de comprar petróleo russo, ou em retaliação pode sofrer em aumento "massivo" das tarifas. Para já, e mesmo depois de uma segunda reunião com o presidente russo, não há novidades em relação ao fim das hostilidades entre a Rússia e a Ucrânia.

20.10.2025

Ouro aproveita boleia da perspetiva de novos cortes nos juros

ouro

Os preços do ouro estão numa marcha ascendente, apoiados pela perspetiva de que os Estados Unidos da América vão aplicar novos cortes às taxas de juros. Enquanto isso, os investidores aguardam os dados relativos à inflação e as próximas negociações comerciais entre Washington e Pequim. 

O metal amarelo está a subir 0,17% para 4.259,05 dólares por onça. Na sessão de sexta-feira, o ouro desvalorizou 1,8%, a maior queda desde meados de maio. 

A acompanhar esta subida está também a prata, ainda que de forma mais modesta. Este metal cresce 0,09% para 51,97 dólares a onça, depois de na sexta-feira ter desvalorizado 4,4%, marcando a sua pior sessão desde o início de abril. 

"O mercado de ouro está a tentar recuperar após a liquidação de sexta-feira. O sentimento está a normalizar, após algumas semanas de subida desenfreada", aponta o analista Kyle Rodda, do Capital.com, à Reuters. O analista acredita que as conversas entre os EUA e a China também vão marcar a semana e um potencial "rally", à semelhança dos dados económicos que vão ser divulgados por Washington. "Acredito que algo que tem contribuído para esta subida nos preços do ouro foi o vácuo criado pela ausência de dados económicos".

20.10.2025

Ásia atinge novos máximos com novas negociações entre EUA e China a animarem investidores

Os principais índices asiáticos atingiram novos recordes, tanto intradiários como de fecho com sinais de atenuação das tensões comerciais entre Pequim e Washington a ajudar a impulsionar o otimismo dos investidores após a recente volatilidade ligada a preocupações com os bancos regionais dos EUA. O índice regional MSCI Ásia-Pacífico subiu quase 2%, numa altura em que os futuros europeus apontam igualmente para uma abertura em alta e avançam 0,8%.

Por um lado, as ações japonesas ganharam terreno com as expectativas de que Sanae Takaichi, seja eleita a próxima primeira-ministra do Japão. Já as ações chinesas seguiram o mesmo rumo, com os investidores a parecer ignorar dados que mostraram que o crescimento económico da segunda maior economia mundial desacelerou para o ritmo mais fraco em um ano, concentrando-se antes no que parece ser uma retórica menos agressiva em relação à guerra comercial em curso entre a China e os EUA.

Entre os principais índices da região, todos terminaram a sessão em máximos de fecho, tendo igualmente atingido novos recordes durante a sessão. Pelo Japão, o Nikkei subiu 3,08% e o Topix ganhou 2,25%. Já o sul-coreano Kospi avançou 1,63%. Na China, o Hang Seng de Hong Kong valorizou 2,20% e o Shanghai Composite ganhou 0,42%. Entre os movimentos, a SK Hynix – segunda maior fabricante de semicondutores da Coreia do Sul - saltou mais de 4%.

O grande catalisador do mercado pareceu ser uma menor tensão comercial entre a China e os EUA, depois de se saber que estará já agendada uma nova rodada de negociações comerciais entre os dois países, marcada para esta semana na Malásia, com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng.

“Os mercados estão a prever que as coisas vão acalmar”, escreveu à Bloomberg Kyle Rodda, da Capital.com. No entanto, resslava, “é provável que os mercados continuem nervosos até que tais recuos sejam explicitamente anunciados”.

Quando questionado pela Fox News no domingo sobre a sua ameaça de aumentar em 100% as tarifas sobre os produtos chineses, Trump disse que a taxa era “insustentável”, embora “pudesse ser mantida”. Os EUA “ficarão bem” com a China, acrescentou.

Nesta linha, o Presidente norte-americano listou as terras raras, o fentanil e a soja como fatores prementes na negociação entre os EUA e a China pouco antes de as duas partes voltarem à mesa de negociações e com uma frágil trégua comercial a aproximar-se do fim.

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