pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque
Ao minuto06.08.2025

Farmacêuticas pressionam bolsas europeias. Bayer cai 10% e Novo Nordisk 5%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

Farmacêuticas pressionam bolsas europeias
Farmacêuticas pressionam bolsas europeias Peter Dejong/AP
06 de Agosto de 2025 às 17:56
06.08.2025

Farmacêuticas pressionam bolsas europeias. Bayer cai 10% e Novo Nordisk 5%

As bolsas europeias terminaram maioritariamente com ganhos moderados, embora o índice de referência tenha recuado de forma ligeira, isto depois de os resultados trimestrais das cotadas do bloco não terem impressionado os investidores. 

"O sentimento do mercado continua frágil, enquanto os investidores avaliam o impacto real das tarifas na rentabilidade e nas cadeias de abastecimento" nas empresas, disse Ulrich Urbahn, da Berenberg, em declarações à Bloomberg. O analista explica ainda que a resiliência generalizada das empresas do Velho Continente, aliada às esperanças por cortes de juro do lado de lá do Atlântico, estão a "ajudar a estabilizar o apetite pelo risco". 

Os investidores estão ainda a acompanhar a guerra comercial, na véspera da entrada em vigor das tarifas para a maioria dos países. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que iria impor mais tarifas aos países que compram energia russa, ao mesmo tempo que esclareceu que as taxas sobre as importações de semicondutores e produtos farmacêuticos seriam anunciadas "na próxima semana, mais ou menos".

Daniel Murray, diretor executivo da EFG Asset Management Switzerland, disse à Bloomberg que espera que os mercados permaneçam estáveis durante o verão, uma vez que persistem as preocupações com o impacto económico das taxas impostas pelos EUA.

"Houve um grande suspiro de alívio pelo facto de o impacto das tarifas sobre os lucros não ter sido pior no segundo trimestre, mas, ao mesmo tempo, ainda há muita incerteza comercial", disse. "Não há nenhuma razão específica para os mercados entrarem em colapso neste momento, já que a maioria dos dados macroeconómicos, à exceção dos salários, parece estar bem". 

Esta quarta-feira, o Stoxx 600 perdeu 0,06% para 541,07 pontos, pressionado pela queda de quase 3% do setor da saúde.

As ações da Bayer perderam quase 10% para 24,98 euros, isto depois de a farmacêutica alemã ter divulgado u a par de uma descida na faturação. Esta foi a maior descida da empresa desde meados de maio.

Também a Novo Nordisk caiu para o nível mais baixo desde julho de 2021, ao recuar 5,36%

Já a Beiersdorf desvalorizou 8,4% após a fabricante de produtos de higiene pessoal ter reportado um crescimento mais fraco do que o esperado no trimestre.

Noutros resultados, a ABN Amro Bank caiu 5,2%, uma vez que a receita líquida ficou abaixo das estimativas dos analistas. A Zalando caiu 9,02%, uma vez que a empresa reduziu a sua previsão de receitas para o ano.

Ainda assim, quase todas as praças europeias terminaram no verde: o alemão DAX subiu 0,33%, o britânico FTSE 100 avançou 0,24%, o espanhol IBEX 35 somou 0,90%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,65% e o francês CAC-40 valorizou 0,18%. Do lado das perdas, ficou o holandês AEX, que valorizou 0,35%.

06.08.2025

Juros das dívidas soberanas europeias agravam-se em toda a linha

As taxas de juro da dívida soberana europeia registam esta quarta-feira uma subida generalizada, num dia marcado por maior apetite pelo risco nos mercados e pela expectativa em torno de novos leilões de dívida pública de França e Espanha, agendados para quinta-feira.

Em Portugal, a “yield” das obrigações a dez anos sobe 2,4 pontos-base, para 3,056%. Em Espanha, os juros da dívida com a mesma maturidade avançam 2,7 pontos, para 3,226%.

A dívida italiana também vê a sua rendibilidade agravar-se em 2,1 pontos-base, para 3,445%, enquanto em França os juros sobem 2,7 pontos, fixando-se agora nos 3,310%. Na Alemanha, as "Bunds", de referência para a região, registaram uma subida de 2,7 pontos-base, atingindo os 2,647%.

Fora da Zona Euro, os juros das obrigações britânicas a dez anos também seguem esta tendência, com uma subida de 0,9 pontos, para 4,523%.

06.08.2025

Petróleo recupera após ameaças de Trump a compradores de crude russo

petroleo combustiveis

O petróleo inverteu o ciclo de perdas e regista ganhos esta quarta-feira, impulsionado pelas ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas mais pesadas a países que continuem a comprar petróleo à Rússia. O Brent sobe 1,18%, para 68,44 dólares e o WTI avança 1,24%, para 65,97 dólares por barril, após quatro sessões consecutivas em queda.

A recuperação dá-se num contexto marcado por tensões geopolíticas. Esta quarta-feira, Donald Trump , a entrar em vigor dentro de 21 dias. A ameaça já tinha sido feita no início da semana como forma de sanção aos países que continuam a comprar petróleo a Moscovo. A sanção acontece no mesmo dia em que Steve Witkoff, enviado norte-americano, se reuniu com Vladimir Putin em Moscovo, dois dias antes do prazo imposto por Trump para um cessar-fogo na Ucrânia. De acordo com a Bloomberg, a .

Apesar da pressão diplomática, analistas citados pela Reuters alertam que um eventual recuo nas importações indianas poderá ser contrabalançado pelo aumento de produção já acordado pela OPEP+ para setembro. Por outro lado, os dados do American Petroleum Institute indicam uma queda de 4,2 milhões de barris nas reservas norte-americanas de crude, o que deu algum apoio adicional aos preços.

Ainda assim, o mercado permanece pressionado por dúvidas sobre a procura global e pelo facto de o Brent acumular uma queda de 9,4% desde o início do ano.

06.08.2025

Ouro recua com realização de mais-valias e atenções viradas para Trump e Fed

ouro

O ouro recuou esta quarta-feira, interrompendo uma série de ganhos, com os investidores a aproveitarem para realizar mais-valias após o metal ter atingido um máximo de quase duas semanas na véspera. A esta hora, os preços do metal amarelo caem 0,08% para 3.378,02 dólares por onça, numa sessão marcada pela expectativa em torno das .

De acordo com a Reuters, a recente valorização do ouro foi impulsionada pelos dados fracos do emprego nos EUA, que aumentaram para 87% as probabilidades de um , segundo o CME FedWatch. Contudo, analistas citados pela agência apontam que o atual recuo é “uma realização de mais-valias num contexto de menor procura por ativos de refúgio”.

A Bloomberg nota que o ouro estabilizou depois de quatro sessões de ganhos, enquanto os mercados avaliam o impacto das , os sinais de arrefecimento económico e os avanços diplomáticos entre EUA e Rússia. A mais recente reunião entre o , em Moscovo, reforçou a especulação sobre uma possível trégua na guerra da Ucrânia.

Entre os restantes metais preciosos, a prata subiu 0,39% para 37,97 dólares. A platina valorizou 0,84%, para 1.333,76 dólares, beneficiando da especulação sobre o alívio das tensões com a Rússia, um dos maiores fornecedores globais.

06.08.2025

Dólar perde terreno com possíveis novos cortes de juros

A "nota verde" está a recuar face às principais divisas, enquanto os investidores ainda pesam a possibilidade de a Reserva Federal cortar as taxas de juro na reunião de setembro - cenário que tende a penalizar o dólar. Já o euro negoceia em máximos de uma semana.

Sem grandes dados económicas dos EUA previstos para esta quarta-feira, os investidores continuam a concentrar-se nas implicações do relatório de emprego de sexta-feira, que indicou que a criação de vagas de emprego nos últimos três meses recuou de forma significativa. Depois da divulgação do relatório, o dólar afundou. 

Neste contexto, o euro sobe 0,5% para 1,1630 dólares e, face à divisa nipónica, o dólar cede 0,17% para 147,37 ienes. Já a libra avança 0,22% para 1,3328 dólares. O índice do dólar DXY cede 0,38% para 98,407 pontos. 

“Tivemos a primeira recuperação do dólar durante o segundo mandato de Trump e muitas pessoas pensaram que talvez desse alguma força, mas acho que os dados de emprego de sexta-feira acabaram com ela”, disse Marc Chandler, estratega da Bannockburn Global Forex, à Reuters. “A especulação renovada não apenas de um corte em setembro, mas de outro corte no final do ano, limitou a subida do dólar”, acrescentou.

Os investidores também estão focados na esperada nomeação de Trump para preencher uma vaga no Conselho de Governadores da Reserva Federal e nos candidatos para a próxima presidência do banco central.

Esta quarta-feira, Donald Trump voltou também ao ataque na frente comercial. para 50%, já que acusa o país asiática de continuar a comprar petróleo à Rússia. A medida entrará em vigor em 21 dias.



06.08.2025

Wall Street com ligeiros avanços à boleia da "earnings season" morna

As bolsas norte-americanas estão a registar valorizações ligeiras esta quarta-feira, à boleia dos resultados trimestrais de algumas cotadas dos EUA.

Os resultados do "benchmark" dos EUA estão a superar as expectativas dos analistas para o segundo trimestre - já subiram mais de 9%, o triplo das previsões para a época e o melhor resultado desde 2021.

"Há muitas narrativas a ter em conta no dia de hoje, mas os resultados empresariais continuam a ser o catalisador para as ações", disse Bret Kenwell, da eToro, em declarações à Bloomberg. 

A par deste fator, o mercado segue com um sentimento otimista em relação a um corte das taxas de juro pela Reserva Federal na reunião de política monetária de setembro, à boleia do "choque" com os dados do mercado de trabalho dos últimos três meses, que mostraram um abrandamento expressivo, culminando até no despedimento da diretora do gabinete de estatística responsável pelo relatório.

O S&P 500 sobe 0,14% para 6.308,17 pontos, o Nasdaq Composite avança 0,26% para 20.971,79 pontos e o Dow Jones negoceia inalterado nos 44.106,16 pontos. 

Entre os principais movimentos empresariais, a Apple está a subir quase 2% já que o presidente dos EUA, Donald Trump, vai anunciar que a .

Já o McDonald's avança 1,5% depois de ter apresentado os resultados do último trimestre.

A Uber Technologies soma 0,6%, à boleia do anúncio da empresa de que recomprou 20 mil milhões de dólares em ações. Além disso, a empresa superou as estimativas dos analistas sobre as previsões e resultados trimestrais.   

Em contraciclo, a Walt Disney recua mais de 4%, apesar de ter divulgado resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre fiscal, com o crescimento contínuo dos parques temáticos e negócios de streaming a ofuscarem a nuvem negra que paira sobre os filmes e o canal de televisão da empresa.


06.08.2025

Taxa Euribor sobe a seis meses e desce a 12 meses

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses face a terça-feira e manteve-se acima de 2% nos dois prazos mais longos.

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 1,984%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,089%) e a 12 meses (2,118%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,089%, mais 0,014 pontos do que na terça-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu, ao ser fixada em 2,118%, menos 0,011 pontos.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu para 1,984%, mais 0,011 pontos que na sessão anterior.

Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.

Em julho, as médias mensais da Euribor inverteram a tendência dos últimos meses e subiram ligeiramente nos dois prazos mais curtos, mas de forma mais acentuada a seis meses.

A média da Euribor em julho subiu 0,002 pontos para 1,986% a três meses e 0,005 pontos para 2,055% a seis meses.

Já a 12 meses, depois de se ter mantido em junho, a média da Euribor desceu ligeiramente em julho, designadamente 0,002 pontos para 2,079%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

06.08.2025

Europa soma ganhos com investidores atentos a resultados das cotadas

Os principais índices europeus negoceiam com ganhos esta manhã, com os investidores a deixarem de lado as últimas ameaças tarifárias do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para se concentrarem numa série de divulgação de resultados empresariais das cotadas da região.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – ganha 0,33% para os 543,20 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX sobe 0,58%, o britânico FTSE 100 avança 0,22%, o holandês AEX valoriza 0,21%, o espanhol IBEX 35 soma 0,30%, o italiano FTSEMIB ganha 0,66% e o francês CAC-40 valoriza 0,40%.

Os mercados bolsistas do Velho Continente seguem agora a somar ganhos pela terceira sessão consecutiva, depois da forte queda vivida na semana passada, influenciada pelo anúncio de novas tarifas sobre alguns dos parceiros comerciais norte-americanos.

Os lucros robustos das empresas e as apostas em taxas de juro mais baixas nos Estados Unidos estão a impulsionar as ações da região.

“No geral, as ações são apoiadas por lucros decentes em ambos os lados do Atlântico, o que está a neutralizar algumas das preocupações em torno de um abrandamento nos EUA e os efeitos na economia global da obsessão contínua do Presidente Trump com as tarifas”, disse à Bloomberg Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da XBT.

Entre as cotadas, a alemã Fresenius segue a somar mais de 1%, depois de o prestador de cuidados de saúde ter aumentado as suas perspetivas de vendas para o ano. Ainda na saúde, a Bayer segue a perder mais de 4%, após uma importante unidade da farmacêutica alemã ter falhado as estimativas de vendas. Já a Novo Nordisk recua 0,38% depois de ter apresentado resultados pouco animadores após um trimestre difícil para a empresa dinamarquesa.

Entre os setores, o do turismo, das “fintech” e da construção seguem com ganhos de mais de 1% e registam as maiores valorizações esta manhã. Do lado das perdas, o setor da saúde (-0,90%) regista a maior desvalorização, seguido dos bens domésticos (-0,18%).

06.08.2025

Juros das dívidas soberanas europeias registam agravamentos

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravam-se em toda a linha esta quarta-feira, num dia em que os principais índices bolsistas do Continente registam avanços e os investidores parecem virar-se para ativos de risco.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 1,8 pontos-base, para 3,051%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 1,5 pontos, para 3,214%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 1,5 pontos-base para 3,298%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se também em 1,5 pontos para 2,636%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e avançam 1,9 pontos-base para 4,533%.

06.08.2025

Dólar sem rumo com "traders" a aguardar por nomeações na Fed

Dólar

O dólar negoceia a esta hora sem rumo definido, depois de ter registado ganhos no início da sessão, com os investidores a optarem por permanecer à margem do mercado após a divulgação de dados económicos fracos do lado de lá do Atlântico, numa altura em que Donald Trump se prepara para preencher uma vaga no conselho de governadores da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – cede a esta hora 0,06% para os 98,719 pontos.

Os dados divulgados na terça-feira mostraram que a atividade do setor dos serviços nos EUA estagnou inesperadamente em julho, à medida que aumentam os custos de importações no país, destacando o impacto das tarifas de Trump sobre a economia norte-americana, que também já começaram a afetar os lucros das empresas.

Ainda assim, a leitura dos dados não influenciou de forma expressiva o dólar, já que os "traders” se mostram hesitantes em assumir novas posições no mercado antes de se saber quem preencherá a vaga de Adriana Kugler no conselho da Fed.

Por cá, o euro soma 0,03% para os 1,158 dólares. Já a libra cai 0,08% para os 1,329 dólares.

Embora os movimentos do dólar tenham sido mais moderados até agora esta semana, a "nota verde” ainda não recuperou das perdas acentuadas de sexta-feira, altura em que registou sua maior queda percentual em um único dia em quase quatro meses.

E numa altura em que o Japão tenta negociar com os EUA tarifas específicas para o setor automível, a divisa nipónica segue a recuar face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” valoriza 0,05% para os 147,600 ienes.

06.08.2025

Petróleo ganha terreno após atingir mínimos de cinco semanas

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo negoceiam com ganhos esta quarta-feira e recuperam a esta hora de um mínimo de cinco semanas atingido na sessão anterior, com preocupações ligadas às interrupções no fornecimento de crude a impulsionarem o “ouro negro”, após as ameaças do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de aplicar tarifas secundárias sobre a Índia por causa das suas compras de petróleo à Rússia.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 0,81% para os 65,69 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar igualmente 0,84% para os 68,21 dólares por barril.

Depois de esta terça-feira Trump ter voltado a ameaçar a Índia com um aumento das taxas alfandegárias sobre os produtos do país - devido ás contínuas compras de petróleo russo pelo país -, Nova Delhi classificou a ameaça do Presidente dos EUA como "injustificada" e prometeu proteger os seus interesses económicos, aprofundando o “fosso” comercial entre os dois países.

O próximo país a ser visado por estas tarifas secundárias poderá ser a China.

“Há ainda muita incerteza quanto à imposição pelos EUA de tarifas secundárias sobre os compradores de petróleo russo... está a crescer a conversa no mercado de que as compras de petróleo russo pela China podem vir a ser o próximo foco", disseram à Reuters analistas do ING.

“Se a Índia deixasse de comprar petróleo russo (...), acreditamos que o mercado seria capaz de lidar com a perda desta oferta”, acrescentaram, dizendo que o maior risco seria se outros compradores também começassem a evitar a compra de crude produzido na Rússia.

Ambos os contratos da matéria-prima sofreram perdas de mais de um dólar na terça-feira para o seu valor mais baixo em cinco semanas, marcando uma quarta sessão de perdas, devido a preocupações com o excesso de oferta derivado do aumento de produção planeado pela OPEP+ para setembro.

Do lado da oferta, as existências de petróleo bruto dos EUA terão caído em 4,2 milhões de barris na semana passada, segundo números preliminares do Instituto Americano do Petróleo. A Administração de Informação de Energia dos EUA vai divulgar os dados finais dos inventários de crude esta tarde.

06.08.2025

Ouro negoceia com perdas pressionado por dólar ligeiramente mais forte

Ouro, metais preciosos

O ouro segue a negociar com perdas esta manhã, com o metal amarelo a ser pressionado por um dólar ligeiramente mais forte – o que torna a compra de ouro mais caro para detentores de outras divisas -, enquanto os "traders” se parecem abster de fazer grandes apostas antes da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as nomeações para a Reserva Federal (Fed) norte-americana.

O metal amarelo perde agora 0,23%, para os 3.372,680 dólares por onça.

"O ouro foi apanhado entre forças contraditórias. A queda das ‘yields’ ajudou, mas o dólar conseguiu aguentar-se bem, apesar da venda de sexta-feira", disse à Reuters Ilya Spivak, da Tastylive.

Trump disse na terça-feira que anunciaria em breve um substituto para a governadora da Fed, Adriana Kugler, que anunciou que iria afastar-se do cargo na passada sexta-feira. Além disso, o republicano estará igualmente próximo de nomear a sua escolha para o próximo presidente da Fed que sucederá a Jerome Powell, nomeado por Trump durante o primeiro mandato do Presidente norte-americano.

Os mercados esperam agora que a Fed corte as taxas diretoras já na sua reunião de setembro, apontada como uma probabilidade de quase 88%, após os dados de crescimento do emprego mais fracos do que o esperado divulgados na semana passada. Normalmente, o ouro beneficia de cortes nas taxas diretoras, por não render juros.

06.08.2025

Ásia sobe com fabricantes automóveis japoneses a impulsionar. Futuros europeus avançam

Os índices asiáticos fecharam a sessão com ganhos pelo terceiro dia consecutivo, depois de os fabricantes de automóveis japoneses terem dado um impulso aos índices do país e da região, à medida que os investidores mostram sinais de otimismo de que o Japão poderá conseguir reduzir as tarifas sobre a exportação de automóveis para os EUA nas negociações comerciais entre Tóquio e Washington. Já os futuros europeus seguem a subir 0,50% e apontam para uma abertura com valorizações.

Entre os principais índices chineses, o Shanghai Composite avançou 0,39% e o Hang Seng de Hong Kong ganhou uns modestos 0,035%. Pelo Japão, o Nikkei avançou 0,63% e o Topix pulou 1,03%.

Ryosei Akazawa, negociador-chefe do Japão para o comércio, deverá viajar até Washington para tentar convencer a Administração Trump a reduzir as taxas alfandegárias aplicadas sobre os automóveis, como prometido no acordo comercial alcançado entre as duas partes no mês passado. Face a estas notícias, fabricantes como a Toyota (+1,90%) - que apresenta resultados esta semana -, a Nissan (+0,76%) e a Honda (+1,42%) ganharam terreno durante a sessão.

“Com Akazawa nos EUA, há esperança de progresso em direção a tarifas automóveis mais baixas”, disse à Bloomberg Yutaka Miura, analista da Mizuho Securities.

As tarifas estão novamente a dominar a atenção dos mercados, depois de Trump ter dito estar “muito perto de um acordo” com a China, enquanto a Índia está a preparar-se para sofrer com as ameaças do Presidente norte-americano.

Entretanto, as ações asiáticas ligadas ao setor dos semicondutores caíram depois de se saber que está em curso uma (TSMC). As ações da fabricante de chips caíram mais de 2%. Além disso, a Advanced Micro Devices avisou que o seu acesso ao mercado chinês continua incerto, o que acabou por pressionar igualmente as empresas do setor. Ainda assim, pela China, a Alibaba e a Tencent conseguiram fechar a sessão a subir mais de 1%.

Ainda no plano comercial, Trump sugeriu que iria impor tarifas secundárias a países que compram crude à Rússia - incluindo a China - depois de ter dito na terça-feira que iria aumentar as taxas sobre as exportações indianas no prazo de 24 horas. O banco central da Índia deixou na quarta-feira a sua taxa de juro de referência inalterada, com os decisores de política monetária do país a optarem por uma abordagem de “esperar para ver”, no meio das ameaças de Trump de aplicar tarifas adicionais sobre os produtos do país importados pelos EUA.

Ver comentários
Últimos eventos
Últimos eventos
Noticias Mais Lidas

Mais lidas

Publicidade
C•Studio