Dia "vermelho" nas bolsas europeias. Incerteza sobre tarifas domina
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
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Dia "vermelho" nas bolsas europeias. Incerteza sobre tarifas domina
As principais praças europeias terminaram a última sessão da semana com perdas. A principal razão apontada pelos analistas para as quebras do dia é a incerteza provocada pelo anúncio do envio de cartas pelos EUA a propósito do tema das tarifas comerciais – sendo que no caso de alguns países podem chegar aos 70%.
Nem mesmo o índice suíço (SMI) escapou às perdas, recuando 0,05%, apesar das notícias de que os EUA estariam a discutir um acordo com o país europeu e que contemplaria uma exceção para os produtos farmacêuticos de origem suíça.
O Stoxx 600, o índice de referência da Europa, terminou a perder 0,48% para os 541,13 pontos. Depois de ontem ter tido o melhor desempenho, esta sexta-feira o espanhol IBEX ficou no extremo oposto, registando as maiores perdas, com uma quebra de 1,48%. A praça londrina FTSE fechou a sessão inalterada, o alemão DAX perdeu 0,61% e o francês CAC 40 baixou 0,75%. Números que salientam ainda mais o desempenho positivo alcançados pelo índice português PSI nesta sexta-feira, que negociou em máximos de 14 anos.
Segundo a Reuters, a indefinição que existe nos mercados relativamente à imposição de tarifas norte-americanas e também ao prolongar dos conflitos no Médio Oriente começam a ter efeitos, por exemplo, no número de ofertas públicas iniciais (IPO) um pouco por toda a Europa, que estão a ser adiadas.
"Ainda existe um pouco de nervosismo e uma certa ressaca relacionados com as questões das tarifas e a guerra no Médio Oriente", disse Scott McCubbin, líder da área de IPO da EY no Reino Unido e Irlanda, à agência de notícias. São exemplos do adiamento as IPO das alemãs Brainlab e Stada.
Em termos setoriais, os títulos ligados às áreas automóvel (- 1,34%), banca (- 1,09%) e tecnologia (- 1,05%) contribuíram para as quebras sentidas nas bolsas europeias.
A nível individual, mas pela positiva, destacaram-se as empresa Softwareone (6,95%, Suíça), Novo Nordisk (3,06%, Dinamarca) e Vodafone (3,00%, Reino Unido).
Juros praticamente inalterados na Zona Euro. Spread entre Itália e França em mínimos de 2007
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram a sessão desta sexta-feira divididos entre ganhos e perdas, mas sem grandes movimentações, num dia em que as principais praças da região encerraram pintadas de vermelho. Estes movimentos acontecem depois de duas sessões de grandes oscilações, com os mercados a afastarem-se de ativos britânicos na quarta-feira e a corrigirem parte do movimento na sessão seguinte.
A "yield" das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a região, recuou 0,6 pontos base para 2,605%, enquanto os juros das obrigações italianas com a mesma maturidade avançaram 0,4 pontos para 3,276%. Pela Itália, a rendibilidade da dívida a dez anos caiu 0,5 pontos para 3,441%.
Para o analista do Commerzbank, Christoph Rieger, é só uma questão de tempo até o cupão destas últimas duas dívidas se encontrarem, numa altura em que Paris continua a enfrentar grandes desafios políticos e orçamentais. O "spread" entre as duas dívidas está nos 16,5 pontos base, a menor diferença desde 2007, quando há três anos se fixava acima dos 200 pontos.
Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa aliviaram em 0,2 pontos base para 3,038%, enquanto a rendibilidade das obrigações espanholas cederam 0,8 pontos para 3,217 pontos.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas avançaram 1,3 pontos base para 4,552%.
Cartas com tarifas de Trump dão força ao euro face ao dólar
A notícia de que Donald Trump começaria a enviar, já nesta sexta-feira, um conjunto de cartas para alguns países sobre as tarifas que entram em vigor a partir de 1 de agosto, podendo chegar aos 70%, fez-se sentir de forma mista junto dos investidores.
À hora desta publicação, o euro segue a subir 0,16% para os 1,1776 dólares, mas a libra segue a perder 0,14% face à divisa norte-americana, para os 1,3639 dólares. O euro segue ainda a ganhar face à libra estando a subir 0,29% para 0,8634 libras.
A moeda europeia consegue recuperar assim parte das perdas registadas para as duas divisas na sessão desta quinta-feira e parece afastar parte do ceticismo que ainda reina nos mercados – há uma grande expectativa para a tipologia de acordo comercial que será estabelecido com os EUA e soube-se também que a China vai colocar tarifas à importação de brandy europeu.
Já no Reino Unido, as notícias do mais baixo nível de capital em IPO das últimas três décadas parecem ter ajudado a colocar a libra com perdas face ao dólar e ao euro.
As cartas de Trump também surtiram efeito face ao iene, com o dólar a perder 0,26% para 144,56 ienes.
Petróleo recua com perspectiva de aumento da oferta por parte da OPEP+
Os preços do petróleo recuam esta sexta-feira, pressionados pela expectativa de que a OPEP+ decida aumentar a produção, no encontro agendado para este sábado. A sinalização do Irão, que mantém o compromisso com o tratado de não proliferação nuclear, também ajuda a aliviar os receios em torno da oferta.
O Brent, referência para o continente europeu, desce 0,81% para 68,24 dólares por barril, enquanto o WTI, referência norte-americana, perde 0,91% para 66,39 dólares.
De acordo com a Reuters, oito países membros da OPEP+ deverão anunciar uma nova subida da produção para agosto, no valor esperado de 411 mil barris por dia, sendo este o quarto aumento mensal consecutivo. “Se o grupo decidir aumentar a sua produção em mais de 411 mil barris por dia em agosto, como esperado e pelo quarto mês consecutivo, as estimativas do equilíbrio do mercado do petróleo para o segundo semestre do ano terão de ser revistas, apontando para uma acumulação mais rápida das reservas globais”, comentou Tamas Varga, analista da PVM.
O mercado também digere notícias de que os Estados Unidos poderão retomar as negociações nucleares com o Irão na próxima semana, ao mesmo tempo que Trump admitiu a possibilidade de se reunir com representantes iranianos, mesmo com novas sanções em vigor.
A incerteza em torno das tarifas comerciais dos EUA também permanece no radar, com o fim do período de pausa de 90 dias a aproximar-se. Washington começou a enviar, nesta sexta-feira, cartas a parceiros comerciais, especificando as taxas que serão aplicadas aos produtos exportados para os Estados Unidos.
Ouro continua a subir com procura por refúgio e dólar mais fraco
O preço do ouro avança esta sexta-feira, sustentado pela desvalorização do dólar e pela procura por ativos de refúgio, numa altura em que aumentam os receios orçamentais nos Estados Unidos e se adensam as incertezas em torno do prazo limite de 9 de julho para os novos acordos comerciais de Donald Trump.
O metal precioso ganha 0,21% para os 3.333,08 dólares por onça, numa semana marcada por valorizações que colocam o ouro a caminho de um ganho semanal de cerca de 1,9%.
O dólar recua 0,2% face às principais divisas, o que torna o ouro mais atrativo para os investidores que operam noutras moedas. “A apreensão em torno da situação fiscal nos EUA (após a aprovação do pacote de cortes de impostos de Trump) e a incerteza persistente sobre o prazo de 9 de julho para a questão tarifária impulsionaram a procura por ativos de refúgio”, comentou Ricardo Evangelista, analista sénior da corretora ActivTrades.
Apesar de os dados do mercado de trabalho nos EUA terem superado as expectativas em junho, quase metade dos novos empregos criados surgiram no setor público. Já os ganhos no setor privado foram os mais baixos em oito meses, refletindo os sinais de desaceleração económica. “Os dados mais recentes sobre a folha de pagamento dos EUA apoiam a tese de uma desaceleração da economia mas não de uma estagnação, diminuindo a pressão sobre a Fed para que se reduzam as taxas de juro em breve”, comentou Giovanni Staunovo, analista de “commodities” do UBS.
Euribor desce a seis meses para novo mínimo desde outubro de 2022
A Euribor desceu hoje a seis meses, em relação a quinta-feira, para um novo mínimo desde 13 de outubro de 2022, enquanto a taxa a três e a 12 meses subiu.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que subiu para 1,979%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,026%) e a 12 meses (2,066%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje, ao ser fixada em 2,026%, menos 0,005 pontos do que na quinta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.
No prazo de três meses, a taxa Euribor, que está abaixo de 2% desde 24 de junho, subiu hoje para 1,979%, mais 0,042 pontos do que na quinta-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a 12 meses subiu para 2,066%, mais 0,004 pontos do que na quinta-feira.
Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.
Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.
A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa em queda preparada para receber carta de Trump e sem referência de Wall Street
As principais bolsas europeias estão pintadas de vermelho, pressionadas pela perspetiva de que Donald Trump poderá enviar, a partir de hoje, uma carta Bruxelas com a tarifa definida para os países do bloco, já que os EUA e a União Europeia ainda não chegaram a acordo comercial antes do "deadline" de 9 de julho imposto pelo Presidente norte-americano. Vários países irão receber a notificação, mas Trump não especificou quais.
Os investidores estão ainda mais cautelosos já que a Europa negoceia sem a grande referência norte-americana, já que Wall Street foi de fim de semana prolongado devido ao feriado do Dia da Independência dos EUA.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, perde 0,62% para 540,37 pontos, pressionado pelos setores dos "basic resources" e do automóvel, que registam perdas acima de 1%. Aliás, o único setor que escapa às quedas é o das telecomunicações.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perde 0,65%, o espanhol IBEX 35 desvaloriza 1,28%, o francês CAC-40 recua 0,89%, o britânico FTSE 100 cede 0,28%, o holandês AEX derrapa 0,65% e o italiano FTSEMIB perde 0,57%.
Daniel Murray, diretor executivo da EFG Asset Management, afirmou à Bloomberg que as negociações comerciais estão “em foco” e que a única coisa em que os mercados estarão a pensar é se a União Europeia vai ou não conseguir um acordo com os EUA e se houve progressos suficientes nas negociações comerciais para lá chegar.
O setor das bebidas espirituosas, sobretudo as francesas, estão a registar fortes quebras, isto depois de a China ter imposto novas tarifas sobre a Europa. Desta vez, Pequim impôs uma taxa de 34,9% sobre o brandy por cinco anos, que entra em vigor já este sábado.
Em causa estão alegações que algumas empresas do Velho Continente teriam estado envolvidas em práticas de dumping para ganhar terreno no gigante asiático. Após a notícia, a Pernod Ricard perdeu 3,3%, enquanto a Remy Cointreau recuou 4,5%. A LVMH, por sua vez, dona de marcas de champanhes como o Moët e Dom Pérignon, vinhos e destilados como Hennesy, perdeu 1,2%.
Já a francesa Alstom chegou a subir mais de 1% após ter ganho um contrato de 2 mil milhões de euros do Metro de Nova Iorque.
Juros da dívida da Zona Euro aliviam
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro arrancaram a última sessão da semana a registar alguns alívios, numa altura em que as principais praças europeias estão pintadas de vermelho, com os investidores a afastarem-se de ativos de risco e a optarem por ativos-refúgio, como as obrigações.
Entre os países do sul da Europa, a rendibilidade da dívida portuguesa a dez anos cede 2,7 pontos base para 3,013%, a mesma descida registada no país vizinho para 3,198%. Já os juros das obrigações italianas caem 2,5 pontos para 3,421%.
O cupão das "Bunds" alemãs com a mesma maturidade - que servem de referência para a região - aliviam 3,3 pontos para 2,578%, e os juros das obrigações francesas, também a dez anos, a recuarem 2,4 pontos para 3,249%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" britânicas a dez anos cede 3,3 pontos base para 4,506%, depois de ter saltado quase 16 pontos na quarta-feira.
Fora da Europa, os juros das "Treasuries" norte-americanas não negoceiam esta sexta-feira devido ao feriado nacional do Dia da Independência dos EUA.
Dólar volta a enfraquecer com preocupações fiscais e aproximação da data limite para tarifas
O dólar está a perder força esta sexta-feira, à medida que os investidores aguardam por possíveis desenvolvimentos nas negociações comerciais dos Estados Unidos, com a data limite de 9 de julho a aproximar-se. A “nota verde” recua depois dos ganhos da véspera, que tinham sido impulsionados pelos dados de emprego acima do esperado.
O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da divisa norte-americana, desce 0,22% para os 96,968 pontos.
O dólar cai 0,41% face ao iene, para 144,34 ienes, e desce 0,18% para 0,7937 francos suíços. O euro valoriza 0,11% para 1,1770 dólares e a libra também avança 0,09% para 1,3667 dólares.
De acordo com a Reuters, os investidores mostram cautela, à espera de saber se Donald Trump vai manter a promessa de aplicar tarifas mais altas a partir da próxima semana. As dúvidas em torno dos acordos com parceiros comerciais como a União Europeia e o Japão mantêm o dólar sob pressão.
Kristina Clifton, estratega do Commonwealth Bank of Australia, comentou que “tarifas elevadas sobre grandes economias, incluindo a Europa e o Japão, poderão reforçar a narrativa de venda do dólar”.
A pressão sobre o dólar também é alimentada por preocupações fiscais, depois de o Congresso norte-americano ter aprovado, nesta quinta-feira, o plano de cortes fiscais e de despesas proposto por Donald Trump. O pacote, que torna permanentes os cortes de 2017 e introduz novas medidas de estímulo, deverá adicionar 3,4 biliões de dólares à dívida pública dos EUA ao longo da próxima década, segundo o Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO). Este agravamento do défice levanta receios sobre a sustentabilidade das contas públicas e poderá enfraquecer ainda mais a moeda norte-americana no médio prazo.
Crude estende perdas antes de reunião da OPEP+
Os preços do "ouro negro" estão a cair pelo segundo dia consecutivo, na véspera da reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que deverá decidir mais um aumento de oferta, desta vez de 411 mil barris por dia a partir de agosto.
O Brent, referência europeia, desce 0,38% para 68,54 dólares por barril, enquanto o WTI, referência norte-americana, recua 0,22%, para os 66,85 dólares. A negociação desta sexta-feira está pouco movimentada devido ao Dia da Independência dos EUA, feriado nacional.
A decisão do cartel ameaça aumentar o excesso de petróleo previsto para o segundo semestre deste ano. O grupo vai aumentar a produção até que a sua quota de mercado se situe entre os 28% e os 30%, com os mercados a enfrentarem um excedente de 600 mil barris por dia neste trimestre, de acordo com o analista Henik Fung.
A política comercial está também em foco. O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a sia Administração vai começar a enviar cartas aos parceiros comerciais para fixar as tarifas antes do prazo de 9 de julho. Estas taxas deverão entrar em vigor em agosto.
Ouro em alta semanal com preocupações fiscais a impulsionarem procura por refúgios
O preço do ouro segue a valorizar esta sexta-feira, acumulando ganhos semanais à boleia da crescente procura por ativos de refúgio, alimentada pelas preocupações com a sustentabilidade das contas públicas norte-americanas. A subida é ainda sustentada por um dólar mais fraco, que torna o metal precioso mais atrativo para investidores estrangeiros.
O ouro avança 0,33% para os 3.336,97 dólares por onça, estando em vias de registar um ganho semanal próximo dos 2,2%, segundo cálculos da Reuters.
A aprovação final da nova lei fiscal e de despesa de Donald Trump no Congresso reforçou os receios sobre o agravamento do défice orçamental nos EUA. De acordo com o Gabinete de Orçamento do Congresso, a medida poderá adicionar 3,4 biliões de dólares à dívida pública ao longo da próxima década.
“A longo prazo, isto deve ser negativo para o dólar e positivo para o ouro”, afirmou Edward Meir, analista da Marex.
Apesar de os dados do mercado laboral norte-americano terem surpreendido pela positiva com a criação de 147 mil postos de trabalho em junho e uma queda da taxa de desemprego para 4,1%, o metal precioso mantém-se sustentado pela incerteza em torno da política comercial dos EUA. Trump confirmou que as cartas com as tarifas começarão a ser enviadas esta sexta-feira, antecipando o prazo final de 9 de julho.
Cartas de Trump deixam Ásia sem rumo. Europa em queda sem acordo comercial
As bolsas asiáticas terminaram a sessão em terreno misto, apenas com a praça chinesa a registar ganhos, depois de Donald Trump ter voltado a agitar as águas da guerra comercial. O Presidente dos EUA disse que a sua Administração poderá começar a enviar já hoje cartas aos parceiros a estabelecer a taxa das tarifas, que podem de ir dos 10% aos 70%, e que iriam entrar em vigor a 1 de agosto. Trump não detalhou que países iriam receber as cartas.
O prazo de 9 de julho está a chegar e os mercados asiáticos têm negociado sem rumo definido, uma vez que a falta de acordos comerciais com a maior economia do mundo preocupa os investidores.
Nos EUA, Wall Street vai para fim de semana prolongado em máximos históricos, à medida que as preocupações iniciais de que as tarifas empurrariam a economia norte-americana para uma recessão diminuíram. Esta quinta-feira, os dados do mercado laboral deram conta que o crescimento do emprego excedeu as expectativas, o que levou os investidores a eliminar as apostas numa redução das taxas em julho. Os analistas consultados pela Bloomberg dizem que a incerteza prevalece, mas que os EUA "estão a aguentar-se bem".
Na China, as ações atingiram o valor mais elevado desde dezembro, depois de Pequim ter dito que está a fazer esforços para implementar um quadro comercial com os EUA, revendo os pedidos de licenças de exportação. Além disso, separadamente, o governo chinês tenciona cancelar parte de uma cimeira de dois dias com os líderes da União Europeia prevista para o final deste mês, no mais recente sinal das tensões entre Bruxelas e Pequim. Assim, o Shangai Composite subiu 0,8%. Já o Hang Seng, em Hong Kong, desceu 0,3%.
No Japão, o primeiro-Ministro, Shigeru Ishiba, rejeitou a ideia de que o país fez poucos progressos nas negociações com os EUA para chegar a um acordo comercial. Os japoneses preparam-se para receberem uma tarifa de 24%. O Topix perde modestos 0,03% e o Nikkei soma 0,06%, já que os mercados já terão incorporado a aplicação das tarifas.
“A razão pela qual o sentimento do mercado não tem sido tão forte como deveria ter sido é por causa das negociações comerciais”, disse Yugo Tsuboi, estratega da Daiwa Securities, à Bloomberg.
Pela Europa, e também sem um acordo comercial à vista, os futuros da Euro Stoxx 50 apontam para uma queda de 0,4%.
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