Bolsas europeias caem com ventos contrários de Itália, EUA e China
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
- Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha mista após dados na China
- Petróleo desliza com investidores à espera de novos dados
- Ouro desliza pressionado por dólar mais forte
- Euro perde face ao dólar
- Juros aliviam na Zona Euro com menor apetite pelo risco
- Europa no vermelho com setor da banca a cair perto de 2%
- Euribor sobe a três meses para um novo máximo desde novembro de 2008
- Corte de "rating" da Moody's a bancos nos EUA empurra Wall Street para o vermelho
- Dados fracos da China pressionam petróleo
- Subida do dólar empurra ouro para mínimos de um mês
- Dados da balança comercial da China aquém do esperado levam a "rally" do dólar
- Apetite pelo risco diminui e juros aliviam na Zona Euro
- Bolsas europeias caem com ventos contrários de Itália, EUA e China
As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno negativo, numa altura em que os investidores aguardam pelos dados da inflação nos Estados Unidos. A expectativa é de que os dados divulgados na quinta-feira permitam obter pistas sobre quais os próximos passos da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Os futuros sobre o Euro Stoxx caíram 0,1%.
A pesar no sentimento dos investidores está também um relatório da Moody's que baixa os ratings de crédito de dez pequenos e médios bancos nos Estados Unidos.
Na Ásia, a negociação fechou mista, com os investidores a avaliarem os mais recentes dados económicos na China. As exportações chinesas recuaram em julho pelo terceiro mês consecutivo. As importações também caíram.
Pela China, Xangai desvalorizou 0,39% e, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 2,04%. No Japão, o Topix somou 0,34% e o Nikkei avançou 0,38%. Já na Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,45%. O mês de agosto tem sido dominado por uma ligeira aversão ao risco, após a Fitch ter surpreendido o mercado ao cortar o rating dos Estados Unidos de "AAA" para "AA+". Esta decisão aliada a dados económicos menos robustos na China tem levado a uma maior cautela dos investidores.
O petróleo está a desvalorizar, num dia em que os investidores aguardam pelos dados da Agência Internacional de Energia (IEA na sigla em inglês) e do Instituto Americano de Petróleo (API na sigla em inglês).
A IEA vai divulgar dados sobre as previsões para o setor, enquanto a API revela como estão os níveis de armazenamento de crude e gasolina nos Estados Unidos.
As consequências de um ataque da Ucrânia a um navio petroleiro russo continuam em foco. Isto porque poderá colocar em causa os fluxos de mercadoria vindos do Mar Negro.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 0,27% para 81,72 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cedem 0,30% para 85,08 dólares por barril. No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, perde 1,05% para 30,2 euros por megawatt-hora.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, perde 1,05% para 30,2 euros por megawatt-hora.
O ouro está a desvalorizar, pressionado por um dólar mais forte. Os mais recentes dados da balança comercial da China, relativos a julho, mostram que as exportações e as importações caíram, o que acentuou as preocupações quanto a um abrandamento económico na segunda maior economia mundial.
E estas preocupações impulsionaram a procura pela nota verde, o que tende a penalizar o metal precioso, que é cotado em dólares.
A pairar sobre o ouro estão também novas declarações de Michelle Bowman, governadora da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos. Bowman reforçou que "será provavelmente necessário" um aperto da política monetária adicional de modo a restabelecer a estabilidade dos preços. Taxas de juro mais altas tendem a prejudicar o ouro, que não remunera juros. Ainda assim, os investidores não estão totalmente convencidos, estando a atribuir uma probabilidade de 30% de um novo aumento dos juros até ao final do ano.
O ouro a pronto cai 0,24% para 1.931,87 dólares por onça, enquanto a platina cede 0,82% para 916,77 dólares, o paládio recua 0,86% para 1.235,83 dólares e a prata desliza 0,13% para 23,10 dólares.
O euro desvaloriza perante um dólar mais forte, estando a moeda única europeia a cair 0,21% para 1,0979 dólares.
A divisa norte-americana ganhou força depois de novos dados económicos terem acentuado as preocupações de um abrandamento na segunda maior economia mundial, a China. Além disso, o Banco Popular da China fixou a taxa de referência do yuan em 7,1565 dólares, revendo a taxa inicialmente divulgada, que era de 7,1365, o que acentuou os receios entre os investidores de que o país asiático poderá estar a relaxar as medidas de apoio à moeda.
O índice da Bloomberg que mede a força do dólar contra dez moedas rivais sobe 0,3% para 102,349 pontos.
Os juros das dívidas soberanas estão a aliviar na Zona Euro, num dia em que dados económicos mais fracos do que o esperado na China e cortes de rating no setor da banca amenizaram o apetite dos investidores pelo risco.
As exportações e importações na China em julho recuaram 14,5% e 12,4%, respetivamente, acima das estimativas dos economistas ouvidos pela Bloomberg. Além disso, o governo italiano surpreendeu o mercado ao aprovar a criação de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos. Isto no mesmo dia em que a Moody's cortou o rating de uma dezena de bancos norte-americanos.
A combinação destes fatores está a afugentar os investidores do mercado acionista e, ao contrário do que aconteceu na semana anterior, a levar a uma maior aposta nas obrigações.
Os juros da dívida soberana portuguesa com maturidade a dez anos alivia 10,4 pontos base para 3,194%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mezmo prazo descem 10,5 pontos base para 2,491%.
Os juros da dívida italiana recuam 8,8 pontos base para 4,164%, os juros da dívida francesa deslizam 10,9 pontos base para 3,022% e os juros da dívida espanhola caem 10,5 pontos base para 3,525%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 8,9 pontos base para 4,366%.
As bolsas europeias negoceiam no vermelho, num dia em que dados económicos abaixo do esperado na China e decisões que afetam o setor da banca em Itália e nos Estados Unidos levaram os investidores a priveligiar ativos de menor risco.
O Stoxx 600, índice de referência para a região, desvaloriza 0,25% para 458,55 pontos. Dos 20 setores que o compõem, o dos recursos naturais e o da banca são os que mais cedem (-1,88% e -1,87%, respetivamente).
O setor da banca está hoje em queda, depois de o governo italiano ter surpreendido os mercados ao aprovar a criação de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos. O governo liderado por Giorgia Meloni limitou a medida aos anos de 2022 e 2023. Além disso, o setor da banca viu a Moody's cortar o rating de uma dezena de pequenos e médios bancos norte-americanos e colocar outros seis sob aviso.As notícias colocaram os bancos italianos entre as piores quedas do Stoxx 600, com o UniCredit SpA a ceder 5,83% e o Intesa Sanpaolo a cair 7,05%.
Além das notícias no setor da banca, as exportações e importações na China em julho recuaram 14,5% e 12,4%, respetivamente, acima das estimativas dos economistas ouvidos pela Bloomberg. Estes dados aumentaram os receios de um abrandamento na segunda maior economia do mundo.Entre as principais praças europeias, o alemão Dax 30 recua 0,33%, o francês CAC-40 perde 0,43%, o espanhol Ibex 35 desvaloriza 0,27%, o italiano FTSE Mib tomba 1,60%, o britânico FTSE 100 cede 0,25% e o AEX, em Amesterdão, desliza 0,39%.
A taxa Euribor subiu hoje a três e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008, e desceu a seis meses.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,065%, mais 0,010 pontos, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
Em sentido contrário, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, baixou hoje, ao ser fixada em 3,921%, menos 0,028 pontos do que na segunda-feira e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
A Euribor a três meses avançou hoje, para 3,765%, mais 0,011 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Depois de um início de semana com ganhos, Wall Street abriu a sessão desta terça-feira a negociar em terreno negativo, com as bolsas a serem pressionadas por uma revisão em baixa do "rating" de alguns bancos de pequena e média dimensão nos Estados Unidos.
O índice de referência S&P 500 recua 0,73% para 4.485,27 pontos, o industrial Dow Jones perde 0,82% para 35.182,16 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,89% para 13.870,44 pontos. A agência de notação Moody's cortou o "rating" de 10 instituições bancárias e colocou seis gigantes da banca norte-americana sob aviso, como o Bank of New York Mellon, US Bancorp, State Street e Truist Financial, alertando que a sua capacidade de crédito deverá ser ameaçada por riscos de financiamento e enfraquecimento dos lucros. "O facto de a Moody's estar a colocar alguns bancos em alerta, juntamente com a descida do 'rating' dos Estados Unidos na semana passada, estar a dar aos investidores razões adicionais para serem cautelosos", disse à Reuters Sam Stovall, estratega da CFRA Research. Em antecipação de uma leitura da inflação nos Estados Unidos na quinta-feira, os investidores estão também a avaliar as palavras de Patrick Harker, presidente da Fed de Filadélfia, que afirmou que sem alterações significativas nos dados económicos a Reserva Federal poderá estar em vias de manter as taxas de juro no atual nível. As declarações de Harker contrastam com o que tem sido transmitido por outros membros que apontam para uma nova subida dos juros diretores em setembro.
O índice de referência S&P 500 recua 0,73% para 4.485,27 pontos, o industrial Dow Jones perde 0,82% para 35.182,16 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,89% para 13.870,44 pontos.
A agência de notação Moody's cortou o "rating" de 10 instituições bancárias e colocou seis gigantes da banca norte-americana sob aviso, como o Bank of New York Mellon, US Bancorp, State Street e Truist Financial, alertando que a sua capacidade de crédito deverá ser ameaçada por riscos de financiamento e enfraquecimento dos lucros.
"O facto de a Moody's estar a colocar alguns bancos em alerta, juntamente com a descida do 'rating' dos Estados Unidos na semana passada, estar a dar aos investidores razões adicionais para serem cautelosos", disse à Reuters Sam Stovall, estratega da CFRA Research.
Em antecipação de uma leitura da inflação nos Estados Unidos na quinta-feira, os investidores estão também a avaliar as palavras de Patrick Harker, presidente da Fed de Filadélfia, que afirmou que sem alterações significativas nos dados económicos a Reserva Federal poderá estar em vias de manter as taxas de juro no atual nível.
As declarações de Harker contrastam com o que tem sido transmitido por outros membros que apontam para uma nova subida dos juros diretores em setembro.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa nos principais mercados internacionais, penalizados pelos dados económicos fracos na China, que deixam recear uma menor procura – ofuscando assim o maior corte de oferta por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (através de reduções unilaterais adicionais da Arábia Saudita e Rússia).
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cai 0,89% para 81,21 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desvaloriza 0,90% para 84,57 dólares.
As exportações na China em julho recuaram 14,5%, caindo assim mais do que se esperava – naquele que é um novo sinal de uma retoma pós-covid ainda lenta no maior importador mundial de petróleo.
O ouro está a negociar em mínimos de quatro semanas, com o dólar a valorizar - sustentado por dados da balança comercial da China que mostraram uma queda nas importações e exportações, o que está também a acentuar as preocupações quanto a um abrandamento económico na segunda maior economia mundial. O metal amarelo desce 0,54% para 1.926,14 dólares por onça. "Os fracos dados do comércio na China resultaram num sentimento geral de 'risk-off'. E o ativo refúgio de preferência hoje tem sido a 'nota verde', o que tem colocado pressão no metal precioso", afirmou o analista Russell Shor, da FXCM, à Reuters.
O metal amarelo desce 0,54% para 1.926,14 dólares por onça.
O dólar está a negociar no verde, com os dados da balança comercial chinesa a afastarem os investidores de ativos de maior risco. As importações e exportações da China caíram a uma velocidade muito superior à esperada em julho, com as importações a caírem 12,4% em termos homólogos, ao passo que as exportações se reduziram em 14,5%.
O dólar avança 0,59% para 0,9143 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana contra um cabaz de moedas – sobe 0,66% para 102,721 pontos.
Toda a atenção está agora numa leitura da inflação nos EUA referente a julho. A expectativa é de que os preços "core" tenham subido 4,8% em termos anuais.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão a aliviar, num dia em que os investidores se viraram para ativos de menor risco, como as obrigações, após a divulgação de dados sobre a balança comercial na China que caíram a uma velocidade superior ao esperado.
Estes novos dados sugerem que a dinâmica económica global está a desacelerar.
Ao mesmo tempo, uma revisão em baixa por parte da Moody's do "rating" de 10 pequenos e médios bancos nos EUA e a criação, por parte do governo italiano, de um novo imposto sobre os lucros extraordinários da banca, penalizaram o sentimento dos investidores.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, desceu 13,4 pontos base para 2,462%, enquanto os juros da dívida pública italiana e portuguesa decresceram também 13,4 pontos base para 4,117% e 3,164%, respetivamente.
Os juros da dívida francesa e espanhola desceram 13,6 pontos base para 2,994% e3,494%, respetivamente.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a dez anos aliviaram 7,7 pontos base para 4,377%.
As bolsas europeias encerraram em baixa, numa sessão em que várias notícias mexeram negativamente com o mercado, nomeadamente a criação de um imposto em Itália sobre os lucros extraordinários da banca, o corte de rating – pela Moddy’s – de 10 pequenos e médios bancos norte-americanos e ainda os dados fracos da China (com as exportações a caírem mais do que o esperado em julho).
O Stoxx 600, que é o índice de referência do Velho Continente, encerrou a ceder 0,26% para 458,48 pontos.
A Moody’s colocou também seis grandes bancos, como o Bank of New Yor Mellon, US Bancorp e State Street, sob vigilância negativa, o que significa que poderão vir a ser também alvo de "downgrade". Isto depois de a Fitch ter retirado a notação máxima à dívida soberana dos EUA há pouco mais de uma semana.
Já o imposto de 40% sobre os bancos em Itálioa provocou uma onda de choque em todo o setor. O índice da banca na Zona Euro caiu 3,67%, naquele que foi o seu maior recuo diário desde a turbulência financeira de março passado devido aos apuros de três bancos regionais nos EUA e ao posterior colapso do Credit Suisse na Europa.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 1,10%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,69%, o espanhol IBEX 35 perdeu 0,68%, o italiano FTSEMIB recuou 2,12% e o britânico FTSE 100 depreciou-se em 0,36%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,66%.
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