Fecho dos mercados: Bolsas sobem, euro e petróleo não resistem
As bolsas mantiveram a tendência positiva na generalidade dos mercados europeus, excepto em Lisboa que caiu 0,72%. Uma valorização nas vésperas do referendo no Reino Unido. Se houver Brexit, o BCE diz estar preparado para mais medidas, o que castigou o euro num dia de queda nos preços do petróleo.
Os mercados em números
PSI-20 caiu 0,72% para 4.631,56 pontos
Stoxx 600 subiu 0,7% para 340,04 pontos
S&P 500 valoriza 0,15% para 2.086,32 pontos
Juros da dívida a 10 anos sobem 1 ponto base para 3,168%
Euro recua 0,46% para 1,1262 dólares
Petróleo cai 2,07% para 48,35 dólares por barril
Bolsas sobem antes do referente
As bolsas europeias mantêm a tendência positiva, recuperando das fortes quedas perante receios de um Brexit. O Stoxx 600 somou 0,7%, para 340,04 pontos, à medida que se aproxima a data do referendo em que os britânicos vão decidir se o Reino Unido se mantém, ou não, na União Europeia. Há um optimismo crescente entre os investidores de que o resultado, que só será conhecido na sexta-feira, 24 de Junho, será de permanecer na União Europeia.
Enquanto a generalidade dos índices europeus avançou, com a bolsa de Amesterdão a subir até mais de 1%, Lisboa fechou no "vermelho". O PSI-20 perdeu 0,72%, pressionada pela correcção das acções do BCP, que cedeu 7,51% para 1,97 cêntimos, mas também pelo mau desempenho do sector energético. A EDP e a EDP Renováveis cederam, com a eléctrica liderada por António Mexia a perder 1,05% para 2,933 euros. A Pharol esteve suspensa devido ao pedido de recuperação judicial da Oi.
Dívida estável à espera do referendo
Os juros da dívida dos países da periferia da Zona Euro têm vindo a recuar com a crescente confiança de um "Remain" no referendo do Reino Unido. Contudo, numa altura em que as sondagens não mostram uma tendência definida, a "yield" das obrigações está estável. A taxa dos títulos a dez anos de Portugal subiu ligeiramente (1 ponto base) para 3,168%, enquanto a das "bunds", da Alemanha, desceu 0,1% para 0,05%. O prémio de risco da dívida portuguesa subiu, assim, ligeiramente para os 311,81 pontos.
Euribor toca novos mínimos
A Euribor a três meses manteve-se em -0,266%, o actual mínimo histórico, assim como a taxa a seis meses, a mais utilizada nos créditos à habitação em Portugal, que está em -0,159%. No prazo de 12 meses, por seu lado, a Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em 5 de Fevereiro, foi fixada em -0,029%, menos 0,001 pontos do que na sessão anterior. Está, assim, no valor mais baixo de sempre.
Draghi pressiona moeda única
Num dia em que a libra permaneceu estável, perante as sondagens inconclusivas ao referendo ao Brexit, o euro perdeu valor. A moeda única cedeu 0,46% face ao dólar, recuando para 1,1262 dólares, depois de o presidente do BCE, Mario Draghi, ter avançado que o banco central está "preparado para todas as contingências" que possam resultar de uma decisão dos eleitores britânicos de deixaram a União Europeia no referendo de quinta-feira, 23 de Junho.
Petróleo cai à espera das reservas
O petróleo perdeu força nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cedeu 2,07% para 48,35 dólares por barril, já o Brent, em Londres, perdeu 1,86% para 49,71 dólares. A pesar no comportamento do barril estão as reservas da matéria-prima nos Estados Unidos que serão divulgadas esta quarta-feira, 22 de Junho, mas também os receios dos investidores em torno do referendo ao Brexit.
Cobre recua com excesso de reservas
Além do ouro e da prata terem perdido valor nos mercados internacionais, também o cobre recuou. A cotação do metal que é considerado como o "termómetro da economia", baixou de máximos de duas semanas, cedendo 0,5% para 4.622 dólares por tonelada métrica, depois de terem sido divulgados dados que mostram que as exportações do metal pela China dispararam no último mês. As reservas de cobre na London Metal Exchange mais do que triplicaram desde Março.
Destaques do dia
Draghi admite mais estímulos em caso de Brexit atribulado
Confiança dos investidores alemães dispara antes do referendo
Marcelo: reestruturação da Caixa deve ter "amplo consenso nacional"
Oi perde 15% após pedido de recuperação judicial
Bank of America vê petróleo a cair para 40 dólares no terceiro trimestre
SIBS: Mudança nos pagamentos "não tem implicações para o cliente"
Preços das casas disparam e vendas atingem máximos
Volkswagen: Fim dos carros a diesel pode estar para breve
O que vai acontecer amanhã
Juros do crédito em Portugal – Depois de revelar as vendas de casas em Portugal, o INE publica a evolução das taxas de juro implícitas no crédito à habitação. Os dados são referentes ao mês de Maio.
Confiança na Zona Euro
Imobiliário nos Estados Unidos
Mais lidas