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"Earnings season" animam Europa. Só britânico FTSE 100 perdeu

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

Kai Pfaffenbach /Reuters
31 de Outubro de 2023 às 17:59
Futuros da Europa inalterados. Ásia penalizada por dados da China
Futuros da Europa inalterados. Ásia penalizada por dados da China

Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão praticamente inalterado, depois de terem sido conhecidos dados sobre a produção industrial na China que ficaram abaixo do esperado.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,15%.

Os investidores deverão centrar-se hoje numa leitura do PIB da Zona Euro relativo ao terceiro trimestre.

Na Ásia, os dados da economia chinesa estiveram a penalizar o sentimento e a reavivar preocupações relativamente ao estado da segunda maior economia mundial.

A produção industrial na China voltou a registar uma contração em outubro, gerando novamente dúvidas relativamente às últimas estatísticas que davam conta de uma melhoria da economia chinesa.

Ainda a centrar atenções esteve uma reunião de política monetária do Banco do Japão, depois de a autoridade monetária ter anunciado alterações no seu mecanismo de controlo da "yield" das obrigações soberanas. Os analistas avaliaram esta decisão como uma antecipação para o fim da política monetária "ultra-loose" dos últimos tempos.

Pela Ásia, na China, Xangai cede 0,2%, após cinco dias de ganhos consecutivos. Já o Hang Seng, em Hong Kong, perdeu 1,5%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 0,34%. No Japão, o Nikkei caiu 1,41% e o Topix subiu 1,01%.

Petróleo corrige em alta. Médio Oriente centra atenções
Petróleo corrige em alta. Médio Oriente centra atenções

Os preços do petróleo estão a valorizar esta quarta-feira, depois de uma queda superior a 3% na sessão desta terça-feira. As preocupações relativamente ao escalar de tensões em Gaza estão a sobrepor-se aos dados divulgados sobre a economia chinesa que mostraram uma contração da atividade industrial.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,4% para 82,64 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 0,53% para 87,91 dólares por barril.

Ambos os índices caminham para terminar outubro com uma perda semanal, numa altura em que os riscos sobre uma escalada da guerra começam a reduzir-se.

A correção dos preços do petróleo deverá depender da evolução do conflito no Médio Oriente. "Caso envolva uma invasão em larga escala e haja um envolvimento do Irão, podem voltar a aparecer receios de uma redução no fornecimento desta matéria-prima", disse à Reuters Leon Li, analista da CMC Markets.

Ouro sobe e caminha para maior ganho mensal desde novembro
Ouro sobe e caminha para maior ganho mensal desde novembro

O ouro está a valorizar ligeiramente, com os investidores focados nas reuniões de política monetária dos bancos centrais, à procura de pistas sobre o estado da economia global.

O metal avança 0,07% para 1.997,5 dólares por onça. Apesar da subida, o metal amarelo segue a caminho de caminho de um ganho mensal de quase 8% em outubro, o maior desde novembro de 2022.

"Parece que Israel está a ter uma abordagem mais contida a Gaza, o que está a reduzir receios de um escalar desta crise no Médio Oriente", afirmou à Reuters o analista Kyle Rodd da Capital.com.

"Ainda assim, a subida acima dos 2.000 dólares é apenas marginal e o preço ainda reflete os riscos de uma escalada do conflito", completou.

Dólar recua ligeiramente. Iene centra atenções após reunião do BoJ
Dólar recua ligeiramente. Iene centra atenções após reunião do BoJ

O dólar está a desvalorizar ligeiramente face às principais divisas rivais, com os investidores focados numa reunião de política monetária da Reserva Federal, cuja decisão será anunciada na quarta-feira.

O mercado vai estando focado também nos dados da inflação e do PIB na Zona Euro que serão conhecidos esta terça-feira.

O euro avança 0,23% para 1,0639 dólares, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra outras 10 divisas – cede 0,05% para 106,07 pontos.

Ainda a centrar atenções está o iene, que chegou a negociar em mínimos do ano face ao dólar, depois de o Banco do Japão (BoJ) ter tomado um passo para terminar com a sua política de estímulo monetário, mas que falhou em agradar os investidores.

O BoJ revelou que ia manter a "yield" da dívida soberana em torno dos 0%, definida na sua política de controlo da "yield". No entanto, o banco redefiniu 1% como a "gama mais elevada" ao invés de um tecto máximo rígido.

O iene desvaloriza 0,91% para 0,0066 dólares.

Ainda a centrar atenções está o iene, que chegou a negociar em mínimos do ano face ao dólar, depois de o Banco do Japão (BoJ) ter tomado um passo para terminar com a sua política de estímulo monetário, mas que falhou em agradar os investidores.

O BoJ revelou que ia manter a "yield" da dívida soberana em torno dos 0%, definida na sua política de controlo da "yield". No entanto, o banco redefiniu 1% como a "gama mais elevada" ao invés de um tecto máximo rígido.

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, o que significa uma maior aposta dos investidores nas obrigações.

Os investidores viram-se agora para os números do PIB e da inflação na Zona Euro, que permitirão melhor compreender o estado da economia europeia.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia 4 pontos base para 2,779%, enquanto os juros da dívida portuguesa recuam 5 pontos base para 3,434%. 

A rendibilidade da dívida espanhola cede 3,4 pontos base para 3,853%, os juros da dívida italiana caem 3 pontos base para 4,699% e os juros da dívida francesa descem 3,9 pontos base para 3,392%. 

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 7 pontos base para 4,484%.

Europa abre em alta com Fed e "earnings season" na mira
Europa abre em alta com Fed e 'earnings season' na mira

Os principais índices europeus abriram em alta esta terça-feira, com os investidores focados nos resultados das empresas, antes de ser conhecida a decisão de política monetária da Reserva Federal norte-americana na quarta-feira, onde é largamente esperado que as taxas de juro diretoras permaneçam inalteradas.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,44% para 433,13 pontos, como todos os setores no verde, à exceção do petróleo e gás, que foi penalizado pelos resultados da BP. Ainda assim, o "benchmark" europeu está a caminho da maior queda no mês de outubro desde 2020 e também perto de anular os ganhos de 2023 e confirmar uma correção técnica.

A petrolífera britânica registou uma queda de 53% dos lucros ajustados nos primeiros nove meses do ano para 10,8 mil milhões de dólares. Este resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, o que está a penalizar a multinacional. Em bolsa a BP cai 4,14%.

Em sentido oposto, a Stellantis sobe 2,45%, depois de ter apresentado receitas melhores do que o esperado para 143,5 mil milhões de euros entre janeiro e setembro, uma subida de 10% face ao ano passado. Os resultados foram impulsionados pela estabilidade dos preços, a melhoria da logística e procura robusta.

"Os mercados caíram demasiado em pouco tempo. Se a Fed mantiver as taxas de juro inalteradas e talvez indique que não existirão mais subidas, devemos ver o mercado a ganhar força em novembro e dezembro", disse à Bloomberg o analista da Liberum Capital, Joachim Klement.

"A preocupação é, claro, se a Fed indica a possibilidade de novas subidas de juros ou a guerra em Israel escala", completou.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,23%, o francês CAC-40 valoriza 0,75%, o italiano FTSEMIB ganha 0,95%, o britânico FTSE 100 sobe 0,38% e o espanhol IBEX 35 pula 0,24%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,81%.

Em Lisboa, o PSI cede 0,17%.

Média mensal das Euribor volta a subir nos três prazos em outubro

A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a doze meses face a segunda-feira, mas a média mensal de outubro voltou a subir nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses voltou a ficar pela segunda sessão consecutiva com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

No entanto, em outubro, as médias das Euribor a três, a seis e a 12 meses subiram respetivamente para 3,968% (mais 0,088 pontos que em setembro), 4,115% (mais 0,085 pontos) e 4,160% (mais 0,011 pontos).

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,052%, menos 0,026 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor a 12 meses subiu de 4,149% em setembro para 4,160% em outubro, mais 0,011 pontos.

Durante o atual ciclo de subida, a média da Euribor nos três prazos só desceu no prazo de 12 meses em agosto face a julho.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também recuou hoje, para 4,092%, menos 0,017 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

A média da Euribor a seis meses subiu de 4,030% em setembro para 4,115% em outubro, mais 0,085 pontos.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,972%, mais 0,004 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Já a média da Euribor a três meses subiu de 3,880% em setembro para 3,968% em outubro, mais 0,088 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Wall Street abre mista antes de reunião da Fed

As bolsas norte-americanas abriram mistas, num dia em que os investidores assimilam mais uma série de resultados corporativos. Isto ao mesmo tempo que acompanham atentamente o desenvolvimento do conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas, de modo a tentar perceber se este poderá ter implicações no resto da região do Médio Oriente.

O S&P 500, índice de referência, sobe 0,12% para 4.171,81 pontos, o industrial Dow Jones cede 0,22% para 32.855,62 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,51% para 12.724,55 pontos.

Entre as principais movimentações, a Caterpillar desliza 5,43% para 229,02 dólares, depois de ter apresentado os resultados do terceiro trimestre. Apesar de ter registado um aumento dos lucros, reportou uma queda das encomendas. Já a JetBlue Airways cai 13,93% para 3,62 dólares, depois de ter apresentado contas abaixo do esperado pelo mercado e ter anunciado que espera terminar o quarto trimestre com prejuízos.

Os investidores mostram uma maior cautela na última sessão antes de ser conhecida a conclusão de mais uma reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

Petróleo em níveis pré-guerra Israel - Hamas

O petróleo oscila em níveis próximos dos registados antes do início da guerra Israel - Hamas, após sinais de que o conflito se poderá manter contido e, por isso, não levará a uma acentuada subida da procura.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,50% para 82,72 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 0,47% para 87,86 dólares por barril.

Os preços já praticamente anularam os ganhos obtidos desde 7 de outubro, altura do ataque do Hamas a Israel, com os fluxos de petróleo normalizados, apesar do conflito.

Israel rejeita um cessar-fogo em Gaza e, ainda que a guerra não se tenha alastrado a outros países da região, o mercado continua atento às tomadas de decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Tanto o Brent como o WTI estão prestes a registar o seu primeiro mês de queda desde maio, com os receios de uma recessão global a voltarem a estar em primeiro plano. Na China, a atividade da indústria transformadora voltou a contrair em outubro. Ao mesmo tempo, a BP indicou que as margens dos retalhistas de combustíveis enfrentam dificuldades, já que os mercados de gasóleo e gasolina estão com excesso de oferta.

Os preços já praticamente anularam os ganhos obtidos desde 7 de outubro, altura do ataque do Hamas a Israel, com os fluxos de petróleo normalizados, apesar do conflito.

Israel rejeita um cessar-fogo em Gaza e, ainda que a guerra não se tenha alastrado a outros países da região, o mercado continua atento às tomadas de decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Ouro desliza com dólar mais forte

Os preços do ouro estão a descer, penalizados pela força do dólar. A valorização da moeda norte-americana tende a prejudicar o metal precioso, que por ser cotado na nota verde se torna menos atrativo para quem compra com moedas estrangeiras. 

O ouro perde 0,09% para 1.994,22 dólares por onça. Já metais preciosos como a platina e o paládio estão a valorizar, com ganhos de 0,58% para 941,19 dólares e 0,09% para 1.130,65 dólares, respetivamente.

No mercado cambial, o euro cede face ao dólar, num dia em que foi conhecido que o PIB da Zona Euro contraiu 0,1% no terceiro trimestre deste ano.

A moeda única europeia recua 0,29% para 1,0584 dólares. 

No mercado cambial, o euro cede face ao dólar, num dia em que foi conhecido que o PIB da Zona Euro contraiu 0,1% no terceiro trimestre deste ano.

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, o que significa que os investidores privilegiaram as obrigações. A maior procura pela dívida pública verificou-se num dia em que foi conhecido que a região registou uma ligeira contração no terceiro trimestre, tendo o produto interno bruto (PIB) caído 0,1% de julho a setembro.

A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aliviou 3,5 pontos base para 3,449% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, desceu 1,6 pontos base para 2,803%. 

A rendibilidade da dívida italiana caiu 1 ponto base para 4,720%, os juros da dívida francesa cederam 0,7 pontos base para 3,424% e os juros da dívida espanhola recuaram 1,1 pontos base para 3,977%. 

Fora da Zona Euro, os juros da dívida pública britânica aliviaram 4,8 pontos base para 4,507%.

"Earnings season" animam Europa. Só britânico FTSE 100 perdeu

As bolsas europeias terminaram a última sessão de outubro com ganhos. Isto num dia em que algumas empresas apresentaram resultados acima do esperado.

O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,59% para 433,66 pontos, com praticamente todos os setores a registarem ganhos. O do imobiliário (2,68%) foi o que mais ganhou, seguido pelo dos químicos (1,68%) e da tecnologia (1,52%), enquanto o do petróleo & gás comandou as quedas (-0,84%).

Entre as principais movimentações, a Stellantis valorizou 3,29% para 17,6 euros no dia em que reportou um crescimento de dois dígitos das receitas nos primeiros nove meses deste ano. A faturação do grupo automóvel, que é liderado pelo português Carlos Tavares, subiu 10% para 143,5 mil milhões de euros de janeiro a setembro. 

Também a Anheuser-Busch InBev, fabricante de cervejas, viu as ações subirem 5,47% para 53,63 euros, depois de ter divulgado que as receitas cresceram 5% no terceiro trimestre e de ter reiterado as previsões para os lucros este ano.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,64%, o francês CAC-40 valorizou 0,89%, o italiano FTSE Mib somou 1,47%, o espanhol Ibex 35 avançou 0,04% e o AEX, em Amesterdão, subiu 0,64%. Apenas o britânico FTSE 100 desvalorizou (-0,08%).

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