Europa cai. Renováveis pressionadas por "ventos" norte-americanos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
- Preocupações com o défice dos EUA atira Europa e Ásia para o vermelho
- "Rally" da bitcoin não conhece travões. Criptomoeda quebra a barreira dos 111 mil dólares
- Ouro prossegue série de ganhos com défice dos EUA a assustar
- Preços do petróleo caem à boleia da vontade da OPEC+ de aumentar a produção em julho
- Dólar sob pressão com investidores atentos ao défice
- Juros agravam-se na Zona Euro após queda inesperada na atividade empresarial alemã
- Europa engolida pelas preocupações com o défice dos EUA. Easyjet cai quase 4%
- Taxas Euribor sobem a três, seis e 12 meses
- Wall Street no vermelho. Aprovação de pacote de redução de impostos pressiona
- Ouro recua com valorização do dólar
- Petróleo cede com planos de aumento de produção da OPEP+
- Dólar abranda perdas apesar de receios sobre diploma fiscal dos EUA
- Juros das dívidas soberanas europeias fecham entre subidas e descidas
- Europa cai. Renováveis pressionadas por "ventos" norte-americanos
As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quinta-feira no vermelho, numa altura em que os investidores reduzem a sua exposição ao risco e vendem obrigações norte-americanas, de olho no défice do país. Um novo projeto para reduzir drásticamente os impostos nos EUA foi apresentado ontem no Congresso e os mercados estão receosos que estas medidas agravem as contas do país em cerca de três mil milhões de dólares.
As principais praças asiáticas interromperam, assim, um "rally" de recuperação que vinham a registar. Na China, o Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite caíram 0,9% e 0,2%, respetivamente, enquanto o CSI 300 - o "benchmark" para a negociação continental - cedeu apenas 0,1%.
Pelo Japão, o Nikkei 225 encerrou com perdas de 0,8% e o Topix cedeu 0,6%. O mercado obrigacionista do país parece estar em crise, depois de os investidores terem evitado um leilão de dívida pública esta semana. As "yields" de referência do país dispararam em reação, numa altura em que o banco central tem reduzido a compra de obrigações nipónicas.
"Trata-se de um problema global, com os investidores a terem dificuldades a adaptarem-se a este novo campo de jogo", explica Nick Twidale, analista da AT Global Markets Australia, à Bloomberg. Com a subida das "yields" nipónicas, a vitalidade da economia do Japão poderá tornar-se "uma preocupação" para os investidores mundiais, adicionou.
Nas restantes principais praças asiáticas, o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,36% e o sul-coreano Kospi caiu 0,59%.
Já pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura no vermelho, com perdas contidas, num dia marcado pela apresentação de contas da EasyJet

O "rally" da bitcoin está de volta. Depois de vários meses de grande turbulência, que atiraram os preços da criptomoeda mais famosa do mundo abaixo dos 75 mil dólares em abril, o mercado dos criptoativos conseguiu encontrar novos catalisadores - e o céu parece ser o limite.
A bitcoin bateu novos máximos históricos esta madrugada, ao disparar 3,3% para 111.878 dólares, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Isto, numa altura em que o setor tem conseguido seduzir investidores institucionais e conquistado uma maior integração nos mercados financeiros.
Leia mais aqui

Os preços do ouro sobem hoje pelo quarto dia consecutivo, com os investidores a mostrarem cada vez mais receio de que o plano de corte de impostos do Presidente dos EUA, Donald Trump, agrave ainda mais o défice orçamental da maior economia mundial.
O preço do ouro avança 0,46%, para 3.330,28 dólares por onça, com a procura por este ativo-refúgio a crescer e a beneficiar também da desvalorização da moeda norte-americana.
Desde o início da semana, o preço do metal amarelo sobe quase 4%, isto depois de ter registado a maior quebra semanal em seis meses. Esta evolução aponta para que os investidores estão a mudar o centro das atenções dos impactos imediatos das tarifas impostas pelos EUA para preocupações estruturais de longo prazo com a economia dos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – derrapa esta manhã 1,54% para os 60,62 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – perde 1,49% para os 63,94 dólares por barril.
De acordo com a Bloomberg, as quedas de mais de 1% nos preços do petróleo esta quinta-feira surgem na sequência de notícias que dão conta que os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) estão já a discutir se vão concordar com um terceiro aumento consecutivo na produção a partir de julho, alimentando os receios de que qualquer aumento potencial na oferta global excederá o crescimento da procura. A decisão poderá ser tomada na reunião da OPEC+ agendada para 1 de junho.
Em cima da mesa está um aumento acelerado na produção de 411.000 barris por dia a partir de julho - o triplo da quantidade inicialmente planeada -, embora nenhum acordo final tenha sido ainda alcançado, disse o relatório avançado pela Bloomberg, que cita responsáveis da OPEC+ sob anonimato.
Por seu lado a Reuters já tinha noticiado que a OPEP+ deverá acelerar os aumentos da sua produção de petróleo e poderá mesmo chegar aos 2,2 milhões de barris por dia até novembro.
Coincidindo com o lançamento da guerra comercial do presidente Donald Trump em abril, os aumentos na oferta de petróleo por parte da OPEP+ impactaram brutalmente os preços do petróleo, levando-os a mínimos de quatro anos, próximos dos 60 dólares por barril em Londres.
No dia 1 de junho, oito países-chave da OPEP+ realizarão uma videoconferência para definir os níveis de produção a partir de julho. Além disso, os 22 países da organização também realizarão uma série de reuniões virtuais a 28 de maio, nas quais farão uma revisão das cotas de produção para 2025 e 2026.

O dólar está a negociar com quedas modestas em relação aos seus principais rivais, numa altura em que crescem as preocupações em torno do défice norte-americano, que tem afastado os investidores de ativos do país. Na quarta-feira, os EUA foram ao mercado da dívida para emitir 16 mil milhões de dólares em obrigações a 20 anos, mas a procura acabou por ser bastante inferior aos últimos leilões comparáveis.
Neste contexto, o dólar recua para mínimos de duas semanas face à divisa nipónica, desvalorizando 0,40% para 143,11 ienes. Já a libra avança 0,04% para 1,3426 dólares e o euro negoceia em trajetória contrária, caíndo 0,14% para 1,1315 dólares. Esta queda da moeda única surge na sequência de quatro sessões em alta, tendo valorizado 0,4% só na quarta-feira.
"Apesar da queda no mercado acionista, o dólar não está a conseguir capitalizar com um ativo de refúgio, com o ouro, o euro e o iene a serem os principais beneficiários", explica James Kniveton, analista de FX da Convera, à Reuters. O pessimismo em torno da "nota verde" está ainda a ser adensado pela reforma fiscal que os republicanos querem introduzir no país, acrescenta.
Na quarta-feira, a legislação ultrapassou uma barreira importante no Congresso norte-americano e uma votação pode vir a acontecer nas próximas horas. Caso receba "luz verde" da câmara baixa, o projeto que pretende cortar drasticamente os impostos no país segue para o Senado, controlado pelos republicanos.
O Congressional Budget Office, uma agência governamental não-partidária, estima que esta legislação possa ter um impacto negativo de 3,8 biliões de dólares no défice do país na próxima década.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta quinta-feira, depois de o índice de gestores de compra (PMI) alemão ter contraído de forma surpreendente. Apesar de a produção industrial até ter crescido em maio, a melhoria foi eclipsada por uma queda substancial nos serviços, que atirou a atividade empresarial do país para terreno de contração.
Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência à região, avançam 0,5 pontos base para 2,648%, enquanto a "yield" das obrigações francesas crescem 1,7 pontos para 3,325%.
Por sua vez, nos países do sul da Europa, os juros da dívida soberana portuguesa com a mesma maturidade sobem 1,5 pontos para 3,147%, enquanto os da espanhola agravam em 1,6 pontos para 3,276%. Na Itália, a "yield" avança 1,7 pontos para 3,325%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas acompanham a tendência europeia e crescem 2,2 pontos base para 4,777%.
As principais praças europeias estão a negociar em território negativo, numa altura em que os investidores olham com preocupação para o défice norte-americano e o indicador da atividade empresarial na Alemanha cai para território de contração, sob pressão do setor dos serviços.
A esta hora, o Stoxx 600, "benchmark" da negociação europeia, recua 0,80% para 549,41 pontos, depois de ter atingido máximos de dois meses esta semana. As perdas seguem-se a uma sessão pessimista na Ásia e nos EUA, com Wall Street a ser pressionada por um agravamento substancial das "yields" das "Tresuries" norte-americanas a dez anos.
As ações ligadas às energias renováveis estão sob especial pressão esta quinta-feira, depois de a maioria republicana na Câmara dos Representantes ter apresentado uma nova versão do seu projeto para cortar impostos nos EUA, que acelera o fim dos incentivos à produção de energia renovável no país. Em reação, a dinamarquesa Vestas Wind Systems e a portuguesa EDP Renovaveis afundam mais de 4%, enquanto a Orsted cai perto de 1,50%.
Por sua vez, a Easyjet cede 3,45% para 5,45 libras, depois de a companhia aérea de baixo custo ter registado prejuízos de 292 milhões de libras (344 milhões de euros) nos primeiros seis meses do seu ano fiscal. Nem o otimismo da empresa em torno da época de férias, onde prevê passar de prejuízos a lucros, está a animar os investidores.
Entre as principais praças europeias, Madrid perde 0,82%, Frankfurt cede 0,83%, Paris cai 0,65%, enquanto Londres desvaloriza 0,63%, Amesterdão recua 0,76% e Milão desliza 0,86%.

A Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quarta-feira, no prazo mais curto invertendo a tendência das últimas sete sessões.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,049%, ficou abaixo da taxa a seis (2,118%) e a 12 meses (2,104%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 2,118%, mais 0,005 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu, ao ser fixada em 2,104%, mais 0,020 pontos do que na quarta-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, inverteu a tendência das últimas sete sessões e avançou para 2,049%, mais 0,003 pontos.
Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).
A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.
Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.
A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa

Os principais índices norte-americanos negoceiam no vermelho, à medida que as "yields" do Tesouro norte-americanas com maturidade a mais longo prazo continuam a agravar-se, depois de a lei fiscal de redução de impostos do Presidente Donald Trump ter sido aprovada por pouco na Câmara dos Representantes dos EUA.
O S&P 500 desliza 0,19% para os 5.833,47 pontos, enquanto o Nasdaq Composite negoceia inalterado nos 18.872,68 pontos. Já o Dow Jones perde 0,12% para 41.772,42 pontos.
Os legisladores norte-americanos avançaram com a aprovação de um vasto pacote de vários biliões de dólares em isenções fiscais. A medida terá um forte impacto no aumento do peso da dívida dos EUA.
O pacote surge depois de uma descida da notação da dívida soberana norte-americana por parte da Moody's, que colocou em evidência as preocupações com o crescente défice do país. Esta situação refletiu-se nos títulos do Tesouro.
"Os vigilantes das obrigações estão de volta", disse à Bloomberg Beata Manthey do Citigroup. "O mercado está preocupado com a sustentabilidade da dívida. Não é muito útil, dada a forte recuperação que temos visto nos mercados de ações", acrescentou ainda a especialista. Os juros dos títulos do Tesouro a 10 anos avançaram dois pontos base para 4,62% na quinta-feira.
A preocupação é que a lei fiscal agora aprovada adicione biliões de dólares a um défice já elevado, numa altura em que o apetite dos investidores pelos ativos dos EUA parece estar a diminuir.
"A subida das 'yields’ tem sido controlável para os mercados acionistas quando associada a um crescimento mais forte", explicou à Bloomberg Mathieu Racheter do Julius Baer. "No entanto, as taxas mais elevadas impulsionadas por receios de inflação ou preocupações orçamentais tendem a minar as valorizações das ações", ressalva Racheter.
Entre os movimentos do mercado, a Nike segue com ganhos de quase 1% numa altura em que a empresa se volta a associar à loja online da Amazon cerca de 6 anos depois. Já a operadora de telecomunicações AT&T avança 0,27%, após ter concordado comprar as operações de fibra ótica da Lumen Technologiespor 5,75 mil milhões de dólares, o que lhe permite expandir o seu serviço em grandes cidades como Denver e Las Vegas.
Quanto às "big tech", a Amazon sobe 0,09%, a Alphabet ganha 1,84%, a Nvidia avança 0,85%, a Microsoft valoriza 0,71%, a Apple desvaloriza 0,53% e a Meta desliza 0,44%.

Os preços do ouro negoceiam com perdas a esta hora, depois de terem atingido máximos de quase duas semanas no início da sessão, com o metal amarelo a ser pressionado por uma valorização do dólar, ao mesmo tempo que as preocupações sobre o aumento da dívida pública dos EUA apoiam os preços em níveis perto dos 3.300 dólares por onça.
O ouro recua a esta hora 0,51%, para os 3.297,910 dólares por onça.
A valorização do dólar está a tirar brilho ao ouro, numa altura em que a compra do metal amarelo para detentores de outras divisas se torna mais cara.
A atenção dos "traders" vira-se agora para a dívida pública dos EUA, numa altura em que se receia que possa sofrer um aumento significativo caso o Senado norte-americano aprove a proposta de lei de redução de impostos do Presidente Donald Trump, que já passou pelo crivo da Câmara dos Representantes dos EUA.
"Existem preocupações sobre a forma como os EUA estão a gerir a sua dívida e seria de esperar que o ouro se mantivesse relativamente firme se os mercados considerassem estes cortes fiscais de forma negativa", explicou à Reuters o analista independente Ross Norman.

Os preços do petróleo seguem em queda esta quinta-feira e registam perdas pelo terceiro dia consecutivo, com os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) a discutirem outro grande aumento da produção para julho, numa altura em que a procura de crude tem sido pressionada pela guerra comercial liderada pelos EUA.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – cede a esta hora 1,74% para os 60,50 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 1,62% para os 63,86 dólares por barril.
Caso a OPEP+ aprove o potencial aumento de 411 mil barris por dia quando se reunir a 1 de junho, a decisão marcará o terceiro mês consecutivo em que o cartel concordou em aumentar a oferta para o triplo da quantidade inicialmente prevista.
"Pensamos que o resultado mais provável é outro aumento de 411 mil barris por dia a partir de julho, que será principalmente de barris sauditas", disse à Bloomberg Helima Croft, chefe de estratégia global de mercadorias da RBC Capital Markets.
O crude tem estado sob pressão desde que a OPEP+ voltou a "abrir torneiras" num mercado que já parece bem abastecido, ampliando as preocupações sobre um excesso de oferta de "ouro negro".
Por sua vez, os "stocks" de petróleo estão a aumentar nos EUA, que continuam a ser o maior consumidor mundial da matéria-prima.

O dólar segue a recuperar das perdas registadas esta manhã, numa altura em que crescem as preocupações em torno do défice norte-americano. Na quarta-feira, os EUA foram ao mercado da dívida para emitir 16 mil milhões de dólares em obrigações a 20 anos, mas a procura acabou por ser bastante inferior aos últimos leilões comparáveis.
O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais - sobe esta hora 0,31% para os 99,868 pontos.
O dólar sofreu fortes desvalorizações na sequência da descida da classificação da dívida soberana dos EUA pela Moody's, devido a preocupações com o crescente défice da maior economia mundial. Ainda assim, a "nota verde" está a experienciar uma recuperação contida esta tarde, já depois de ter sido aprovado na Câmara dos Representantes o diploma fiscal que prevê uma redução de impostos.
O iene japonês segue a perder terreno face ao dólar - depois de a divisa norte-americana ter recuado para mínimos de duas semanas face à divisa nipónica -, numa altura em que a "nota verde" avança 0,06% para os 143,760 ienes.
Por cá, o euro cai 0,47% para 1,128 dólares, enquanto a libra se mantém praticamente inalterada nos 1,342 dólares.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro fecharam entre alívios e agravamentos, num dia em que os índices bolsistas do Velho Continente registaram uma maioria de perdas com os investidores atentos à recente subida das "yields" da dívida soberana dos EUA.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 0,3 pontos-base, para 3,129%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 0,4 pontos para 3,255%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu 1 ponto-base para 3,318%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram 0,3 pontos para 2,640%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, caíram 0,7 pontos-base para 4,748%.
Os principais índices europeus fecharam a sessão desta quinta-feira com perdas, à medida que o aumento das "yields" das obrigações norte-americanas reduziu o apetite dos investidores por ativos de maior risco.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – perdeu 0,64%, para os 550,27 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX caiu 0,51%, enquanto o britânico FTSE 100 deslizou 0,54%, o espanhol IBEX 35 desvalorizou 0,25%, o italiano FTSEMIB recuou 0,73%, o holandês AEX cedeu 0,69% e o francês CAC-40 registou perdas de 0,58%.
A subida das "yields" da dívida soberana dos EUA e resultados aquém das expectativas das cotadas estão a travar a recuperação das ações europeias este mês, na sequência de progressos nas negociações comerciais. Ainda assim, a situação vivida nos EUA pode vir a beneficiar os ativos de risco no Velho Continente.
"O facto de a situação da dívida dos EUA se estar a agravar, com a recente descida da classificação da dívida a confirmá-lo, pode ser visto como positivo ou negativo para a Europa", disse à Bloomberg Michael Field da Morningstar. "O negativo é, obviamente, o receio de contágio, mas o positivo pode ser os investidores olharem para a Europa como uma opção mais segura do que os EUA, algo que já está a acontecer com os mercados acionistas europeus", acrescentou o mesmo especialista.
As cotadas do setor das energias renováveis, incluindo as dinamarquesa Orsted (-1,43%) e Vestas Wind Systems (-6,26%), caíram depois de os republicanos da Câmara dos Representantes se terem juntado para aprovar o novo projeto-lei que incide sobre isenções fiscais nos EUA e que acelera o fim dos incentivos fiscais para a produção de energia renovável no país, faltando agora apenas a aprovação do Senado.
Entre os setores, o automóvel registou as maiores perdas (-1,59%), seguido dos bens domésticos (-1,26%). Por outro lado, o único setor a avançar, ainda que de forma contida, foi o químico (+0,01%).
Entre os movimentos do mercado, a EasyJet caiu 2,62% depois de a companhia aérea ter registado perdas maiores do que as previstas pelo mercado.
Mais lidas