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Sonae já tem mais de 15% da dívida bruta indexada a objetivos para pessoas e planeta
O grupo liderado por Cláudia Azevedo procedeu à emissão de um novo empréstimo obrigacionista associado a indicadores relacionados com o ambiente, questões sociais e de governação, no valor de 20 milhões de euros, elevando o volume com esta indexação para 280 milhões de euros.
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Depois de, ainda no passado dia 10, ter realizado um conjunto de operações de refinanciamento no valor de 150 milhões de euros, que estão relacionadas com o cumprimento de indicadores ambientais, sociais e de governo corporativo, (ESG), a Sonae acaba de anunciar que que procedeu a um novo empréstimo obrigacionista indexado aos mesmos objetivos, no valor de 20 milhões de euros.
"O spread final desta operação depende do cumprimento de metas relacionadas com a liderança no feminino e com a redução das emissões de CO2",avança a Sonae, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta segunda-feira, 21 de dezembro.
De acordo com a dona do Contente e da Worten, entre outros ativos, esta operação foi organizada pelo Banco BBVA, por subscrição particular, sem recurso a garantias e pelo prazo final de cinco anos.
Contas feitas, o montante total de empréstimos de longo prazo contratados pela Sonae SGPS e pela Sonae MC com enquadramento sustentável, "Green" e "ESG", totaliza atualmente já 280 milhões de euros, "o que representa mais de 15% do montante de dívida bruta atual destas empresas",realça o grupo liderado por Cláudia Azevedo.
Um nível de refinanciamento indexado a objetivos ambientais, sociais e de governança que, enfatiza a Sonae, demonstra "o claro compromisso do grupo com a sua política de sustentabilidade, enquanto reforça a sua posição de liquidez e aumenta a maturidade média da sua dívida".
Para João Dolores, CFO do grupo com sede na Maia, "o compromisso que a Sonae tem com as pessoas e com o planeta é inegociável. Faz parte do nosso ADN. Temos hoje metas concretas e exigentes em várias dimensões sociais e ambientais – e não temos receio de nos colocarmos à prova",desafia.
"Atualmente, temos já uma parte significativa dos nossos financiamentos associada ao cumprimento de objetivos ESG e ambicionamos vir a ter ainda mais. Não só porque nos desafia, mas também porque acreditamos que a única forma viável de pensar em criação de valor é fazendo-o nas suas dimensões económica, social e ambiental, de forma integrada e indissociável", explica João Dolores.
Recorde-se que a Sonae anunciou recentemente a atualização do seu Plano para a Igualdade de Género, "com metas ainda mais ambiciosas para a liderança no feminino, bem como o compromisso da neutralidade carbónica em 2040, dez anos antes da meta definida pela União Europeia".