A segurança global depois de Fukushima
O recente anúncio por parte da Autoridade Reguladora de Energia Atómica do Japão, em autorizar o despejo no mar de mais de um milhão de toneladas de águas residuais radioativas tratadas, remete-nos para uma análise aprofundada das consequências do desastre ocorrido em 2011.
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O recente anúncio por parte da Autoridade Reguladora de Energia Atómica do Japão, em autorizar o despejo no mar de mais de um milhão de toneladas de águas residuais radioativas tratadas, remete-nos para uma análise aprofundada das consequências do desastre ocorrido em 2011. De facto, o terramoto ocorrido nesse ano pode ser entendido como o bater de asas da borboleta da Teoria do Caos, metaforizado por Edward Lorenz em 1963, em que a tempestade ocorrida do outro lado do mundo é refletida na (in)segurança global que vivemos hoje. Dentro do espetro securitário, alavancado pela atual tempestade global, destaca-se a segurança energética e alimentar. Senão vejamos: A sucessão de eventos desencadeada pelo terramoto ocorrido em 11 de março de 2011, que afetou diversos reatores da central nuclear da Fukushima Daiichi, pertencente à Tokyo Electric Power Company (TEPCO), originou problemas que vão muito para além da inabitabilidade dessa região. As consequências podem ser verificadas de uma forma direta, decorrentes da migração de toda uma população e das inerentes implicações regionais, bem como de forma indireta pelo modo como o próprio problema ainda é mitigado atualmente.
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