O que nos define como nação marítima?
Ao sermos detentores de uma área geográfica significativamente considerável no Atlântico Norte, não podemos, nem devemos, deixar de conhecer profundamente os seus recursos, tornando as oportunidades por ela oferecida em potencial valor acrescentado.
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Heróis do mar. Assim se inicia um dos símbolos identitários do nosso país – o hino nacional. Este primeiro verso da “Portuguesa” refresca-nos a memória de toda a simbologia que nos definiu, por quase cinco séculos, como nação marítima. Começamos, desde tenra idade, a absorver a carga genética que nos associa ao mar, evidenciando os feitos heroicos dos nossos navegadores quinhentistas. A consciência geográfica nessa época permitiu aguçar o engenho por forma a ultrapassar as limitações impostas pela localização peninsular extrema, transformando dessa forma as oportunidades em ganhos efetivos. O desenvolvimento tecnológico ao nível das ciências do mar e da construção naval pôs Portugal num patamar cimeiro da dimensão marítima à escala mundial, calcinando no nosso consciente coletivo a importância do mar como fator identitário do país. Mas será legítimo afirmar que hoje somos a mesma nação marítima que fomos outrora? Será que o simples facto de ter acesso direto ao mar constitui uma evidência suficiente para que uma nação seja marítima, ou será tão simplesmente costeira?
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