Faltam Rosalinos
Tudo em Portugal está nivelado pelo salário mínimo ou, no limite superior, pelo do Presidente da República. Ambos, sobretudo o primeiro, são escandalosamente baixos. Se o mínimo tem vindo a progredir de forma assinalável, o máximo nem por isso.
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Numa rápida consulta à informação do Google, vejo que Rosalino é um nome masculino muito raro, mas que tem características bem determinadas. É trabalhador, prestável, sabe o valor das coisas, cuida de tudo com zelo e é muito comedido na hora de fazer despesa. A sua escolha para secretário-geral do Governo provavelmente nasceu aqui. Nem foi preciso procurar muito. Todas estas qualidades assentam que nem uma luva à função. Ou melhor, assentariam, visto que o próprio resolveu não se meter nesta situação complicada. Agora mais a sério, ser julgado na praça pública sem se poder defender e deitar fora a tranquilidade e a exposição quase nula que tem no Banco de Portugal seria um ato de loucura. Não conheço a pessoa em causa a não ser pela informação difundida publicamente e da sua passagem pelo Governo da "troika". Independentemente deste processo de nomeação ter sido (ou não) mal conduzido, a verdade é que o resultado não é positivo. Centralizar serviços que estavam dispersos e evitar redundâncias é um ato de boa gestão e normalmente resulta em eficiência e menor custo. Aparentemente é exatamente isso que a administração pública precisa.
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