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Contos exemplares: a microempresa dos Montenegro

Não é porque o Chega se agarrou ao tema com a verborreia habitual que deixa de existir um risco potencial, que merece alguma atenção. A pequena consultora ligada ao primeiro-ministro é uma porta – entre a sua casa e o topo do Governo – que não devia estar aberta.

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É óbvio que a microempresa familiar dos Montenegro não justifica a moção de censura que será debatida hoje. Este é um instrumento, a usar com bom senso e prudência, para censurar ou apear um governo por causa das suas políticas públicas. Não serve para castigar uma escolha recente dos eleitores devido a riscos potenciais de conflitos de interesses – e sublinho potenciais –, que um primeiro-ministro ainda pode esclarecer e corrigir. André Ventura armadilhou a questão desde o início com o ultimato para Luís Montenegro responder ao que já era retratado como "suspeitas gravíssimas", e que foram sendo adaptadas ao sabor das notícias. O Chega precisava de qualquer coisa para desviar a atenção das misérias do seu grupo parlamentar e encontrou aqui um filão próprio da mensagem de que "os políticos" andam a roubar – afinal, nem as malas nos tapetes dos aeroportos estão a salvo. 

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