Um grande passo no BCE – e outro em Portugal
A vontade do BCE em fazer algo contra a fragmentação financeira na zona euro e a consciência da política portuguesa de que não tem de esperar por uma crise para ser responsável do ponto de vista orçamental são duas enormes mudanças face à última crise.
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O Banco Central Europeu, uma das duas instituições mais influentes para a permanência de Portugal na zona euro, está num dilema com várias arestas. A mais referida nos media é a que coloca a necessidade de combater a inflação alta contra o desejo de preservar o crescimento económico e o emprego. A dificuldade neste equilibrismo é um clássico dos bancos centrais. Há depois outra aresta, comparativamente menos citada, mas não menos importante: a que põe frente-a-frente a necessidade de travar a inflação e a de preservar a coesão da zona euro. Este lado do problema já não é um clássico de todos os bancos centrais – é um problema do BCE, motivado pelas falhas na União Económica e Monetária. Ainda mais do que a primeira aresta, esta tem implicações potenciais grandes para Portugal.
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