O astrofísico americano Neil deGrasse Tyson costuma dizer que uma coisa boa da ciência é que é verdade, quer se acredite nela ou não. O método científico, como todos aprendemos na escola, procura estabelecer a verdade do que nos rodeia através de processos de observação, identificação de hipóteses, experimentação e análise. Tem como base a curiosidade e também a humildade, porque temos de estar sempre abertos à possibilidade de as nossas hipóteses estarem erradas. Um cientista digno desse nome não fica chateado quando uma experiência falha, antes procura outra hipótese para testar ou uma melhor forma de abordar o problema. Mudamos de opinião sobre o que é verdade quando temos suficientes provas de que faz sentido mudar, independentemente de qual é a opinião mais popular. O paradigma científico tem servido bem a humanidade, permitindo avanços que pareceriam incríveis aos nossos antepassados: conseguimos ver e falar com pessoas que estão do outro lado do mundo (ou até no espaço), conseguimos filmar o fundo do mar e as espécies mirabolantes que ali vivem sem a luz do Sol, conseguimos perceber como são as galáxias distantes a uma escala gigantesca e também as partículas atómicas minúsculas, e entendemos cada vez melhor os processos de funcionamento do nosso corpo para tratar doenças e recuperar lesões, entre muitas outras maravilhas.