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O futuro da alimentação, e da nossa espécie, tem de passar pela regeneração dos ecossistemas. Não é ficção científica.

Alimentos do futuro

As verdades nunca são absolutas e nas ciências sociais, especialmente, o nosso objeto de estudo muda com os tempos e com as intervenções – é mais difícil prever o resultado de uma política quando o comportamento das pessoas se altera devido a essa política, tornando o trabalho de investigação mais desafiante, mas também mais interessante!

Acredite-se ou não

As políticas de restauro ecológico a nível europeu incitam-nos a reduzir a artificialização do território, a reforçar os elementos de infraestrutura verde e a dar mais espaço à natureza, para preparar a adaptação às alterações climáticas e proteger a biodiversidade. O nosso Governo, em contraciclo, acha que precisamos é de facilitar a construção de habitações em novas áreas.

Aridez, clima e gestão do solo

Promover o conhecimento sobre a biodiversidade é essencial, mas também é imprescindível avançar com políticas de conservação e restauro da natureza eficazes e, não menos importante, garantir o financiamento para as ações necessárias, para que os objetivos de biodiversidade de Kunming-Montreal, traçados para 2030, tenham melhor sorte do que os anteriores.

Conhecer para proteger

Escolher produtos de época traz diversas vantagens ao consumidor: normalmente são mais baratos, são colhidos há menos tempo, têm mais sabor e vêm de locais mais próximos, com menores emissões de gases com efeito de estufa associadas ao seu transporte.

É tempo de cerejas

No entanto, os estudos efetuados nas últimas décadas mostram que as populações de polinizadores têm vindo a diminuir de forma bastante drástica. Na Europa, por exemplo, as borboletas diurnas mais comuns nos prados viram os seus efetivos reduzidos em cerca de 50% de 1990 para 2020.

Onde estão as borboletas?

Em Portugal, no último ano, os agricultores tiveram de lidar com a seca e os elevados custos dos fatores produtivos, mas pior ainda foram os atrasos no Pedido Único, as múltiplas “não conformidades” supostamente detetadas por um novo sistema que ninguém compreende, os absurdos (e contraproducentes) cortes nos pagamentos por práticas ecológicas, e a quase total ausência de esclarecimentos sobre todas as anteriores. Assim dá mesmo vontade de ir para a rua com o trator.

Por uma agricultura com futuro

Um novo ano no calendário é considerado por muitos uma boa oportunidade para fazer um balanço sobre o que foi o ano anterior e para adotar resoluções de mudança sobre alimentação e saúde, estratégias de desenvolvimento pessoal, e gestão do dinheiro. Apesar de a maioria das resoluções de Ano Novo ficarem por cumprir, algumas pessoas alteram realmente o seu comportamento e alcançam resultados favoráveis. O que nos ajuda a mudar com sucesso?

Mudar para melhor

Podemos acreditar que é tudo “greenwashing”, mas a verdade é que o investimento em energias renováveis no setor elétrico, a nível global, já supera o investimento em fontes fósseis desde 2016, atingindo em 2023 um rácio de 1,7:1.

Connosco ou contra nós

Porque é que temos de registar os terrenos separadamente em três sistemas diferentes? Alguém consegue gerir o seu património condignamente nesta burocracia?

Cadastro e desordenamento do território

Catarina Roseta Palma

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