or estes dias decorre no Dubai a COP28, vigésima oitava tentativa para unir a humanidade no esforço de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e impedir os piores cenários de alterações climáticas. Esta COP tem sido muito criticada, até por ser presidida pelo sultão Al Jaber, que lidera simultaneamente a petrolífera ADNOC nos Emirados Árabes Unidos e já exprimiu algum ceticismo em relação ao cenário de um aumento de 1,5ºC na temperatura média global, objetivo expresso no Acordo de Paris. O discurso das grandes petrolíferas continua infelizmente a focar-se na continuação do abastecimento de combustíveis fósseis. Quem leva a sério os problemas ambientais sente que estas empresas não estão do nosso lado, e daí é um pequeno passo para as tratar como estando contra nós. A revolta e a animosidade são compreensíveis.