Onde estão as borboletas?
No entanto, os estudos efetuados nas últimas décadas mostram que as populações de polinizadores têm vindo a diminuir de forma bastante drástica. Na Europa, por exemplo, as borboletas diurnas mais comuns nos prados viram os seus efetivos reduzidos em cerca de 50% de 1990 para 2020.
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A primavera tem-nos trazido chuva, sendo o mês de março de 2024 o primeiro desde há muito em que nenhuma zona do território continental português se encontrava em seca meteorológica, de acordo com o IPMA. Os campos do Alentejo estão especialmente floridos e muitos agricultores suspiram de alívio por não terem de lidar novamente com a perda de culturas e com a falta de alimento para os seus animais. As borboletas, e outros polinizadores como as abelhas e abelhões, as moscas das flores e os besouros, estão na sua máxima atividade e os seus voos de flor em flor trazem vida ao campo – literalmente, pois a esmagadora maioria das plantas precisa destas visitas dos polinizadores para se reproduzir. Além disso, estima-se que 91 dos 107 principais produtos agrícolas a nível mundial dependam da polinização por animais1, o que permite estimar que esta polinização gera 200 a 600 mil milhões de euros de valor económico.
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