Elefante às postas
Os mecanismos de controlo de risco impostos aos bancos funcionam, mas tal não significa que o mercado financeiro seja menos arriscado nem que as autoridades não tenham de intervir (gastando dinheiro) para restaurar a estabilidade financeira.
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Ao longo das últimas crises financeiras tem-se assistido a um esforço bem-sucedido das autoridades de supervisão no conhecimento do risco nos mercados financeiros. No rescaldo da grande crise financeira da década passada, endogamia entre fundos mobiliários e bancos ou possibilidade de os bancos deterem posições arriscadas na carteira própria foram corrigidas. Atualmente, a detenção de ativos arriscados pelos bancos é cara em termos de consumo de capital e os mecanismos de controlo e reporte são extremamente apertados. A ação das autoridades no constrangimento da tomada de risco pelos bancos explica-se pela necessidade de limitar a probabilidade de intervenção pública com injeções de capital em bancos em risco de solvência. Os depósitos estão a salvo, na medida em que risco assumido pelos bancos está supervisionado e condicionado.
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