É a economia…
Se os "eleitores votam com a carteira", grande parte do mundo político não aprofunda a análise do que os eleitores sentem e pensam sobre a situação da própria carteira ou da evolução do país. Infelizmente os analistas e jornalistas de política continuam a achar que a economia é mais tema para economistas… Mas estão errados.
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Em período de eleições muitos procuram ler o futuro, e antecipar o resultado. As sondagens representam por excelência o instrumento de resposta a essa necessidade. Felizmente hoje o conhecimento sobre as limitações deste instrumento encontra-se bem mais difundido. Só a titulo de exemplo dos fatores que influem fortemente o caráter preditivo das sondagens veja-se a elevada taxa de não resposta aos inquéritos, ie, aqueles que não integram a amostra porque se recusam simplesmente a participar (em alguns dos estudos conhecidos esta taxa era bem superior a 50%), a elevada percentagem de indecisos/não respostas que não se distribuem simetricamente (há partidos subavaliados consoante o tipo de inquérito realizado), à muito tardia decisão sobre o sentido de voto de um numero significativo de eleitores, ie, a percentagem dos que só decidem em quem votar na última semana ou no próprio dia e que não são devidamente "apanhados" pelas sondagens, etc. Apesar de todas as limitações, e apesar de se conhecer o efeito político que a divulgação de sondagens tem no curso das campanhas e das próprias eleições, estas continuam a ser um instrumento que nenhum político, analista, ou jornalista dispensa.
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