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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
16 de Fevereiro de 2016 às 00:01

No meio do caos sírio

A guerra na Síria continua a atrair mais interesses, no meio de um pântano onde todos parecem desejar atolar-se. Será que alguém deseja mesmo o fim do conflito?

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A guerra na Síria parece-se, cada vez mais, com um vespeiro. Onde todos parecem ansiosos por se picarem num venenoso confronto entre interesses muito diversos e alianças quase impossíveis. A chegada de caças da Arábia Saudita à Turquia, a possibilidade aventada de tropas dos dois países entrarem na Síria para combater o Estado Islâmico e o confronto entre as forças de Ancara e os curdos do YPG, que os EUA consideram fundamentais no combate ao Daesh, colocam mais petróleo na fogueira. Enquanto isso as tropas de Bashar al-Assad, com o forte apoio russo, cercam Aleppo e olham para Raqqa, o grande bastião do EI, tentando cortar as linhas de apoio aos islamitas que têm origem na Turquia. A União Europeia, desnorteada com a chegada maciça de refugiados, quer a NATO a pôr ordem no Mediterrâneo e tenta conquistar a Turquia para o projecto enquanto ameaça colocar a Grécia fora do espaço Schengen. Todos discutem as fronteiras do Iraque e Síria, decorrentes do célebre acordo Sykes-Picot, como se isso fosse a solução para tudo. É inevitável que as fronteiras actuais mudem, até porque hoje a Síria, o Iraque e a Líbia começam a assemelhar-se a Estados falhados sem capacidade unificadora central. Todos aparentam querer salvar a região e os seus povos em fuga, mas parece evidente que são os interesses próprios que guiam muitas das decisões.

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