pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque
Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
22 de Dezembro de 2014 às 20:50

O massacre e a síndrome afegã

O horroroso ataque a uma escola de Peshawar, onde foram mortos a sangue-frio crianças inocentes, não deixou ninguém indiferente.

  • Partilhar artigo
  • ...

O Tehreek-e-Taliban do Paquistão foi rápido a assumir a responsabilidade pela atrocidade e esse desafio pode levar, finalmente, as lideranças civis e militares do país a lutar contra estes grupos terroristas. Mas quem é o TTP? Os talibãs do Afeganistão dizem que nada têm que ver com o TTP. O novo líder destes, o Mullah Fazlullah, que outrora ficou conhecido pelas suas ligações aos serviços secretos paquistaneses, o ISI, continuará a privilegiar essas conexões? Ou encontrou novos aliados externos? Nada desta acção sem explicação pode ser dissociada das incursões armadas do exército paquistanês nas áreas tribais do Waziristão (onde actuam desde os talibãs a milícias financiadas pelo ISI a grupos que actuam como subcontratadas pelo exército americano, para controlar as lucrativas linhas de abastecimento da NATO e a traficantes de droga) nos últimos meses. A violência está a gerar mais violência e as vítimas são, sobretudo, civis. O que se passou em Peshawar não pode ser isolado da infindável guerra no Afeganistão. A saída de cena de Hamid Karzai e a sua substituição pelo novo presidente afegão, Ahhraf Ghani, tinha contribuído para uma melhoria das relações com Islamabad.

Ver comentários
Ver mais
Publicidade
C•Studio