Newcastle Utd.: quando o livre vai à barreira
Estou longe de simpatizar com o regime saudita ou com os novos-ricos do futebol. Mas quando vejo “donos disto tudo” a usarem truques tão sonsos como estes para impedir que outros comam do mesmo bolo, quase tenho vontade de comprar uma camisola do Newcastle. Ou de desejar um Brexit para o futebol.
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A história, no que tem de mais essencial para os adeptos de futebol, tem-se repetido regularmente: de repente determinado clube é adquirido por um milionário ou por um fundo de investimento com uma injeção de muitos milhões de euros. Normalmente trata-se de clubes de segunda linha no panorama das respetivas ligas nacionais e sobretudo no europeu, que da noite para o dia se transformam em putativos candidatos a vencer a Champions. Foi assim com o Chelsea, com o City, com o Leicester, com o PSG, com o Leipzig ou com a Roma – não falando já de monstros sagrados como o United, Liverpool, Inter ou AC Milan. Os investimentos costumam ser bem-sucedidos (não obstante alguns casos de insucesso, como provam as infrutíferas tentativas de construir um colosso de futebol na Rússia), e os alvos, cada qual à sua escala, conseguem a glória desportiva que nunca tiveram ou que há muito tinham perdido. Quem poderia imaginar, há 10 anos, que dois clubes de cujo CV apenas constavam dois títulos nacionais e uma vitória na defunta Taça das Taças seriam hoje dois dos principais candidatos a vencer a Champions? Mas era esse o palmarés do PSG e do City em 2011.
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