Para onde vai a economia chinesa?
A ausência de Xi da reunião do G20, realizada na Índia, pode significar muita coisa. Oxalá seja um sinal de enfraquecimento da vontade de imposição de uma liderança forçada e não desejada por mais ninguém.
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A economia chinesa enfrenta atualmente vários desafios, tanto internos como externos, que estão a afetar o seu crescimento e a sua estabilidade. Por um lado, o consumo doméstico, que é um dos pilares da estratégia de transição para um modelo de crescimento mais equilibrado e sustentável, ainda está aquém das expectativas do Governo. A pandemia de covid-19, as restrições de viagens e as medidas de contenção afetaram negativamente a confiança e o rendimento dos consumidores, reduzindo a sua propensão para gastar. Por outro lado, o setor imobiliário, que representa perto de 30% do PIB chinês, está em colapso, devido à combinação de uma oferta excessiva, uma procura reprimida e uma dívida insustentável. A crise da Evergrande, a maior promotora imobiliária do país, é apenas a ponta do iceberg de um problema sistémico que pode ter repercussões graves para o sistema financeiro e para a economia real. Além disso, a procura externa por bens chineses também diminuiu, face à inflação global e à desaceleração do crescimento em vários mercados importantes. Estes fatores colocam uma pressão adicional sobre a balança comercial e as reservas cambiais da China.
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