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Portugal e as suas reformas

Boa parte do nosso destino é de facto traçado pela união económica e monetária, mas importa, quanto ao resto, não o deixar por mãos alheias. É aqui que voltamos às reformas e à necessidade destas, pois são elas que fazem do destino um rumo em vez de um acaso.

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Muito se vai ouvir falar de reformas nos próximos tempos, incluindo de reformas estruturais. Palavra malquista em certos setores que lhe atribuem os excessos da liberalização e desregulação de mercados. Mas as reformas estruturais (das infraestruturas às superestruturas) podem ser o que se quiser: importa é que sejam bem feitas e adequadas à transformação tecnológica e ao aumento do potencial de crescimento económico do país. Vivemos um momento estranho e perigoso de reconfiguração dos blocos económicos regionais à escala global e de (des)acertos de posições e de estratégias comerciais, geopolíticas e militares. Portugal é um pequeno ator periférico, integrado numa união económica e monetária (UEM), ela própria inquieta, à procura de um lugar respeitável num mundo iminentemente bicéfalo, enquanto bloco comercial e financeiro e entidade monetária. As grandes decisões que importam ao país são, há já muito, tomadas pela e na UEM. É assim nas políticas comercial e aduaneira, de concorrência, monetária e cambial. A estas juntam-se os novos bens coletivos europeus, implicando o reforço da centralização de poderes na Europa, como é o caso do ambiente, da energia, da cibersegurança e da defesa. As crises vividas na Europa constituem uma força centrípeta que acarreta, para a União, reforço de competências e de recursos financeiros, incluindo de natureza fiscal e creditícia, apontando para o robustecimento do orçamento europeu.

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