A Suécia e os primeiros 100 dias de Donald Trump
Confrontado com as críticas, porque não terá existido nenhum problema grave na Suécia, Trump "esclareceu" que o seu comentário se baseou numa reportagem da Fox News, a televisão que o Presidente vê. Não deixa de ser interessante ler o artigo de Tove Lifvendahl, editora-chefe de política do Svenska Dagbladet, na revista Spectator. Diz ela: "Até há pouco tempo a Suécia era admirada pelas suas políticas sociais progressistas. Hoje, um em cada sete votantes apoia os democratas suecos, um partido populista que até há pouco tempo era insultado na polida sociedade sueca. Os problemas relativos à emigração têm crescido nos últimos anos, mas a esquerda e a direita do país têm estado unidas em manter as leis de emprego e controlo de rendas que mantêm os emigrantes desempregados em subúrbios que parecem guetos. (…) Uma sociedade paralela está a emergir onde o monopólio do Estado na lei e na ordem está a ser desafiado."
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No El País, John Carlin alinha por outra óptica: "O mundo político dos EUA foi russificado. Para metade do povo dos EUA é irrelevante se as declarações da administração são mentira. Abandonaram a razão pela fé e como gado no matadouro deixam-se enganar alegremente pelo Presidente e os seus compinchas." No New York Times, Nicholas Kristof questiona: "Ainda só passou um mês da presidência de Trump e já muitos perguntam: como a poderemos acabar? Alguns acreditam que as eleições intermédias de 2018 serão tão catastróficas para os republicanos que todos se tentarão livrar dele. Estou céptico. No Senado, o mapa é desastroso para os democratas: os republicanos estarão a defender apenas oito lugares no Senado, enquanto os democratas estarão a defender 25."
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