Supervisores arrumam tecnológicas e deixam entrar os ursos
A supervisão das gigantes tecnológicas Alphabet – "mãe" da Google –, Apple, Amazon e Facebook foi recentemente distribuída por duas autoridades norte-americanas, pelo que possíveis escrutínios em matéria de concorrência estão a assustar os investidores. Os títulos acionistas destas empresas apresentam fortes quebras, com a Alphabet e a Apple a entrarem em "bear market", e o Facebook a aproximar-se.
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O departamento de Justiça norte-americano (DoJ, na sigla em inglês) prepara-se para investigar a Google por possíveis comportamentos lesivos das dinâmicas de concorrência, de acordo com a informação divulgada pelo Wall Street Journal no passado dia 31 de maio. Mas esta tecnológica não está sozinha no escrutínio: o mesmo departamento estará a considerar uma ação semelhante relativamente à Apple, avançou esta segunda-feira, 3 de junho, a agência Reuters, sem identificar as respetivas fontes.
O DoJ ficou encarregue da supervisão das duas tecnológicas referidas, uma decisão que resultou de uma reunião com a Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês). Esta última entidade terá ficado com a Amazon e o Facebook sob a respetiva jurisdição, ainda de acordo com a Reuters.
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Os títulos acionistas destas empresas estão a sofrer grandes abalos com a perspetiva de uma investigação aprofundada à conduta das tecnológicas. A Alphabet já chegou a cair 7,18% para os 1.027,03 dólares, um mínimo de 3 de janeiro. Este recuo ditou a entrada da empresa em mercado urso (bear market), com uma queda de 20,78% desde o último pico e máximo de sempre, que data de 29 de abril. A cotada já perde 0,99% no ano.
O Facebook também regista pesadas quebras, tendo cedido 9,27% durante a sessão de hoje, para os 161,01 dólares, um mínimo de 19 de março. Desta forma, distancia-se 18,88% do último máximo, o qual atingiu a 25 de abril, aproximando-se também da marca dos 20% que dita a condição de bear market.
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Se o Facebook escapa por pouco aos ursos, a Apple também já foi "apanhada". Um deslize de 2,74% para os 170,27 dólares bastou para descer a um mínimo de 8 de março, o qual marca uma perda de 20,86% desde o passado dia 1 de maio, a data do último pico.
Já a retalhista online Amazon alinha no vermelho com um recuo de 5,40% para os 1.679,19 dólares, um mínimo de 12 de março.
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