Costa Silva deixa cair bitola europeia e reforça aposta na alta velocidade

O consultor Costa mantém a convicção de que é preciso apostar nas ligações a Espanha e na alta velocidade entre Lisboa e Porto, que mereceu "consenso alargado".
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David Santiago 15 de Setembro de 2020 às 12:03

Na Visão Estratégica que António Costa Silva entrega agora em mãos ao Governo já não vai constar a aposta na bitola europeia para potenciar as ligações ferroviárias à Europa. Durante a apresentação dos contributos públicos feitos para a Visão Estratégica para o Plano de Recuperação 2020/2030, que tem lugar esta manhã na Gulbenkian, em Lisboa, o consultor nomeado pelo Executivo sinalizou ter havido grande debate em torno da adoção, ou não, da bitola europeia, ideia que constava da versão inicial da Visão Estratégica. 

"Se adotarmos agora a bitola europeia é um investimento colossal. Fazer a troca de bitola implica um investimento que, pela sua dimensão, é difícil de quantificar e poderá tornar redundante o atual material circulante", notou defendendo que esta não deve ser uma prioridade, pelo menos no que concerne ao curto e médio prazo. 

"O grande projeto desenvolvido na Visão [Estratégica] e com apoio transversal é desenvolver a bitola ibérica", acrescentou o docente do Instituto Superior Técnico notando que, "para já, as questões vitais estão a ser tratadas no plano Ferrovia 2020" e que passam pela eletrificação da rede e pelo aumento da capacidade das linhas. Costa Silva referiu, porém, que estes investimentos do Ferrovia 2020 estão a ser realizados com base em "travessas polivalentes" que permitirão facilitar uma eventual futura transição para a bitola europeia".

Ainda relativamente à ligação ferroviária a Espanha, Costa Silva notou ainda que outra questão que recebeu amplo apoio passa pela reativação da rede ferroviária ibérica, nomeadamente as ligações Lisboa-Madrid e Poryto-Galiza.

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"Se adotarmos agora a bitola europeia é um investimento colossal. Fazer a troca de bitola implica um investimento que, pela sua dimensão, é difícil de quantificar e poderá tornar redundante o atual material circulante", notou defendendo que esta não deve ser uma prioridade, pelo menos no que concerne ao curto e médio prazo. 

"O grande projeto desenvolvido na Visão [Estratégica] e com apoio transversal é desenvolver a bitola ibérica", acrescentou o docente do Instituto Superior Técnico notando que, "para já, as questões vitais estão a ser tratadas no plano Ferrovia 2020" e que passam pela eletrificação da rede e pelo aumento da capacidade das linhas. Costa Silva referiu, porém, que estes investimentos do Ferrovia 2020 estão a ser realizados com base em "travessas polivalentes" que permitirão facilitar uma eventual futura transição para a bitola europeia".

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Ainda relativamente à ligação ferroviária a Espanha, Costa Silva notou ainda que outra questão que recebeu amplo apoio passa pela reativação da rede ferroviária ibérica, nomeadamente as ligações Lisboa-Madrid e Poryto-Galiza.

Em sentido inverso, a ligação de alta velocidade Lisboa-Porto merece atenção redobrada, para o contribuiu o "consenso alargado" observado durante a discussão pública da Visão Estratégica inicialmente apresentada. O consultor continua a defender esta ligação, mas agora sustenta que deve ser feita em apenas uma fase e não em duas pois na primeira proposta Costa Silva sugeria que se começasse apenas pela troço Porto-Soure. 

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O também CEO da Partex adiantou que após uma "análise custo benefício" concluiu-se que fazer esta ligação "de uma vez" seria mais vantajoso, decisão que caberá ao Governo tomar.

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