Troca de rolhas adia novo Barca-Velha para “depois de 2020”
Afinal, as cerca de 30 mil garrafas do Casa Ferreirinha Barca-Velha 2011 não vão chegar às principais lojas da especialidade e restaurantes de referência no mês de outubro, ao contrário do calendário anunciado no mês passado pela Sogrape.
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É que o grupo de Vila Nova de Gaia detetou entretanto uma "dificuldade em extrair as rolhas originais das garrafas" e decidiu "rearrolhar toda a produção de 75cl" da mais recente edição deste mítico vinho do Douro, adiando a entrada no circuito comercial "para depois de 2020".
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Com esta decisão que "exigiu coragem", a maior empresa portuguesa de vinhos, que em 2019 faturou 257 milhões de euros, sublinha num comunicado divulgado esta sexta-feira, 23 de outubro, que "[procura] preservar a longevidade do vinho e proteger a sua notoriedade e qualidade irrepreensível".
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Falando numa "medida de precaução" recomendada pelas "boas práticas enológicas", assinala ainda que "ao longo dos próximos meses, e como habitualmente acontece com todos os Barca-Velha, a equipa de enologia Douro da Sogrape monitorizará atentamente a evolução do vinho para poder assegurar uma decisão confiante e definitiva relativamente a esta colheita".
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Este é apenas mais um episódio da história já atribulada da 20.ª colheita deste vinho, que vai acontecer uma década depois da "excecional" vindima na Quinta da Leda. É que depois do anúncio feito no final de 2019, o lançamento inicialmente previsto para maio foi adiado devido à pandemia, acabando por ser apresentado à imprensa em setembro.
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Acima dos 400 euros e com selo antifalsificação
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Nessa altura, fonte oficial da Sogrape, que detém a Casa Ferreirinha desde 1987, assinalou ao Negócios que "não define PVP recomendado indicativo e não vinculativo" para esta marca e que "o mercado é livre de estabelecer preços". No entanto, "dada a evolução desde o lançamento do último em 2016 (colheita de 2008), [estima] que o Barca-Velha 2011 chegue ao mercado com um preço superior ao que se verificou à época, de 400 euros".
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Outra novidade é que esta edição do ex-líbris da Casa Ferreirinha, um dos mais apetecíveis no mercado global e alvo de sucessivas tentativas de contrafacção, inclui uma solução inovadora para assegurar a autenticidade. O selo desenvolvido pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda está colado sobre a cápsula e o vidro, no gargalo da garrafa, e "combina um conjunto de tecnologias que podem facilmente atestar a sua autenticidade com um leitor de QR code / código de barras".
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