Jerónimo Martins abre menos 100 lojas que o previsto na Polónia

O grupo de distribuição Jerónimo Martins (JM) decidiu interromper o plano de expansão em lojas Biedronka no mercado polaco, a partir de amanhã, dia 31 de Outubro. O que vai significar, avançou esta quinta-feira Ana Luísa Virgínia, chefe de gabinete do presidente e CEO da JM, Pedro Soares dos Santos, menos 100 lojas do que o inicialmente previsto.

 

Questionada pelos analistas, na conferência realizada durante a manhã desta quinta-feira, dia 30 de Outubro, Ana Luísa Virgínia explicou, primeiro, que redução ia levar o plano de investimentos previsto pela JM em Fevereiro deste ano. "Abrimos qualquer coisa como 150 [lojas Biedronka] até Setembro", disse, e este indicador, "versus as 300 [lojas] que foi a estimativa que vos fora dada, podem considerar mais ou menos a mesma nos três meses [que faltam] até ao final do ano" para o restante período de 2014".

 

Faltando então outras 150 lojas por abrir – e aplicando a medida de distribuição igual para cada mês, como mencionado – Outubro inclui então mais 50 lojas. Ou seja, o plano anual que o grupo determinou que cessa amanhã, último dia do mês, incluirá a abertura de 200 lojas Biedronka.

 

Quanto ao custo do mesmo plano, Ana Luísa Virgínia respondeu, na mesma conferência, a outro analista: "gastamos mais ou menos um milhão por abertura de cada nova loja na Polónia".

 

Tendo estes indicadores por referência, a JM aplicou, só na abertura de supermercados Biedronka, cerca de 150 milhões de euros até Setembro (três primeiros trimestres), que sobem para 200 milhões no acumulado até Outubro (único mês do quarto trimestre em que haverá aberturas de lojas). São, assim, menos 100 lojas - e logo, 100 milhões de euros a menos - do que o inicialmente previsto em novas unidades da JM no mercado polaco.

 

A responsável pela conferência de analistas desta quinta-feira recordou ainda a linha de orientação inicialmente dada pela JM para o investimento em 2014 – "entre 600 e 700 milhões de euros", incluindo todas as operações do grupo.

 

Na quarta-feira, a administração da SGPS contabilizara já em 301 milhões de euros o investimento realizado até final de Setembro, em todo o grupo (que tem presença em Portugal, Polónia e na Colômbia), e em todas as áreas (que inclui retalho, alimentar e especializado, e comércio grossista), dos quais 82% na Polónia. O que quer dizer que, até Setembro, foi realizado 50% do plano de investimento global inicialmente previsto.

 

Até ao final do ano há que somar, sabe-se agora, mais 50 milhões pelas 50 novas lojas estimadas para o mês de Outubro. E mais a área de logística. Porque quando questionada sobre a intenção de abrir mais dois centros de distribuição na Polónia, Ana Luísa Virgínia foi peremptória: "não estamos a pensar alterar a nossa expansão em centros de distribuição". "Estamos a preparar a nossa logística, não só para as novas aberturas como também para melhorar a gestão da nossa oferta actual".

 

A JM terminou o terceiro trimestre do ano com 2.527 lojas Biedronka, e mantém a meta de atingir as 3.000 unidades de retalho alimentar naquele mercados, "mesmo que não seja em 2015" – data-guia dada há pelo menos dois anos para atingir os três milhares de unidades de retalho alimentar naquele país.

 

A nova estratégia da Biedronka é apresentada no próximo dia 13 de Novembro.