Constâncio nega autorização a Berardo. "Não tenho memória de nada assim"
"Não fui questionado sobre isto e ainda estou a investigar. Não tenho memória de nada assim, de há 15 anos", respondeu Vítor Constâncio sobre a notícia avançada pelo Público.
"Vergonha. É verdade?". A pergunta partiu de um utilizador do Twitter, que partilhava a manchete do Público desta sexta-feira, 7 de junho, que dá conta de que Vítor Constâncio não só tinha conhecimento, como deu autorização a José Berardo para se financiar em 350 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos (CGD) para comprar ações do BCP. Constâncio já respondeu e repete aquilo que já disse na Assembleia da República: "não tenho memória".
"Não fui questionado sobre isto e ainda estou a investigar. Não tenho memória de nada assim, de há 15 anos, e normalmente o supervisor (enquanto instituição) não tem interferência em operações tão concretas desta natureza", escreveu Vítor Constâncio na sua conta de Twitter.
I was not asked about this and I am still investigating. I have no recollection of anything like that from 15 years ago and normally the supervisor ( as an Institution) has no interference in such concrete operations of that nature
Not true and was never asked anything about this
Num documento a que o jornal teve acesso, lê-se que "o conselho de administração do BdP, em sessão ed 21 de agosto de 2007, deliberou não se opor à detenção pela Fundação Berardo" de uma participação qualificada "superior a 5% e inferior a 10% no capital do BCP e inerentes direitos de voto".
Na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da CGD e à gestão do banco, quando questionado sobre este assunto, Vítor Constâncio negou que tivesse qualquer conhecimento sobre o mesmo: "Como é óbvio", por "ser impossível", o BdP não conseguiria saber que a CGD ia financiar Berardo, antes que o crédito fosse atribuído. "Essa ideia de que pode conhecer antes é impossível!" Notícia atualizada às 14h28 com mais informação.
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