Mercadona investe 100 milhões para abrir as primeiras dez lojas em Portugal

A retalhista espanhola vai abrir em 2019 os primeiros supermercados nos distritos do Porto, Braga e Aveiro. Aos 200 funcionários já recrutados vai somar 300 para arrancar a operação que desafia Sonae e Jerónimo Martins.
António Larguesa 03 de Setembro de 2018 às 11:18

O investimento que está a ser feito pela Mercadona para a entrada no mercado português ascende a 100 milhões de euros, resultando na abertura dos primeiros oito a dez supermercados no segundo semestre de 2019. O número total de trabalhadores no país deve ascender a meio milhar nesta primeira fase de instalação e abertura de lojas.

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A revisão do montante total do investimento em Portugal, aprovado na última reunião do comité de direcção da empresa espanhola, surge dois anos depois do anúncio deste processo de internacionalização. Aos 25 milhões de euros e quatro lojas previstas inicialmente em Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia e Gondomar, a Mercadona acrescentou novas localizações e prevê agora oito a dez lojas a abrir no próximo ano.

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Durante a apresentação de resultados da empresa, a 13 de Março de 2018, o presidente da Mercadona, Juan Roig Alfonso, já tinha confirmado a abertura de nove lojas em Portugal nesta fase de arranque da operação. Às quatro do projecto inicial somou entretanto outras cinco: uma segunda em Vila Nova de Gaia e supermercados também no Porto, Penafiel, Braga e Barcelos. O décimo deve ser em Aveiro, onde o grupo comprou os terrenos do antigo matadouro municipal por 2,5 milhões de euros. Ao Negócios, fonte oficial recusou detalhar e calendarizar as aberturas em 2019, que "dependem do andamento das obras e das autorizações" políticas.

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Com sede e escritórios centrais no Porto, presença alargada entretanto a Lisboa e um total de 200 funcionários já contratados, a operação portuguesa da retalhista, através da sociedade Irmãdona Supermercados SA, prevê recrutar mais cerca de 300 trabalhadores para completar a preparação da entrada no país e a abertura destas primeiras lojas.

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"Portugal é uma grande oportunidade para iniciar o crescimento internacional da empresa e estamos muito entusiasmados com a decisão e o desafio de um projecto com o qual estamos muito comprometidos", sustenta Juan Roig Alfonso, citado num comunicado de imprensa divulgado esta segunda-feira, 3 de Setembro.

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Apoio "criativo" e logístico no Norte

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Foi em Junho de 2016 que o grupo que quer desafiar a liderança de mercado da Sonae e da Jerónimo Martins anunciou a decisão de arrancar o plano de internacionalização por Portugal. Já em funcionamento está o Centro de Coinovação, construído na Avenida Menéres, em Matosinhos, onde está a definir e testar a gama de produtos num espaço de mil metros quadrados, com o objectivo de "adaptar a sua oferta aos hábitos e preferências do consumidor português e desenvolver produtos inovadores".

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Assentando o seu negócio nas chamadas lojas de proximidade, a retalhista líder de mercado no país vizinho está também a construir um bloco logístico no Parque Industrial de Laúndos, no concelho da Póvoa de Varzim. Esta unidade que "servirá para o desenvolvimento da actividade logística em Portugal" terá duas parcelas e uma área total de 50 mil metros quadrados.

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