Indústria das duas rodas com falta de pessoal quer acolher ucranianos

"Avizinha-se uma nova crise migratória na Europa e o setor entende que deve ter uma participação ativa na sociedade, ser um elemento positivo no acolhimento desses refugiados, tanto mais que temos condições e empregabilidade”, afirma líder associativo do setor.
Ricardo Almeida
Rui Neves 28 de Fevereiro de 2022 às 10:10

A Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins (Abimota), que está a acompanhar a atual situação vivida na Ucrânia e a subsequente vaga de refugiados, manifestou disponibilidade da indústria que representa para acolher ucranianos em fuga do conflito em curso no seu país.

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"Avizinha-se uma nova crise migratória na Europa e o setor entende que deve ter uma participação ativa na sociedade, ser um elemento positivo no acolhimento desses refugiados, tanto mais que temos condições e empregabilidade", afirma Gil Nadais, secretário-geral da Abimota, em comunicado.

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O setor português das duas rodas e mobilidade suave, que se debate atualmente com uma grande escassez de mão-de-obra e, entende que deve "dar condições" para que refugiados se instalem.

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"Desta forma cumprimos dois objetivos fundamentais para nós: entendemos que é uma questão de responsabilidade social e, ao cumprirmos este desígnio humanitário, estamos também a contribuir para a competitividade do setor", realça Nadais.

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Atualmente, garante, "as empresas apostam em salários mais altos que a generalidade da indústria", sendo que a escassez de mão-de-obra, principalmente mão-de-obra qualificada, "dita as regras salariais".

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"No entanto, mesmo com os salários mais altos que o setor das duas rodas e mobilidade suave pratica, não temos mão-de-obra, qualificada ou não, suficiente para responder às necessidades que a produção impõem. Por isso estamos a estudar, juntamente com os nossos associados, medidas para captar a fixação, com boas condições de trabalho, de populações que queiram encontrar em Portugal um porto seguro", remata o secretário-geral da Abimota.

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Entretanto, a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) também já comunicou ao Governo que as empresas do setor estão disponíveis para acolher refugiados ucranianos e está já a "efetuar um levantamento das oportunidades de emprego" existentes.

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"São verdadeiramente difíceis de prever as consequências de um conflito desta natureza. Sabemos, porém, que não poderemos ficar indiferentes ao que está a ocorrer na Ucrânia e tudo faremos para estar à altura de uma digna resposta humanitária ", sublinha Luís Onofre, presidente da APICCAPS.

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