Recuperação da Orey recebe homologação do tribunal

O tribunal já homologou o plano de recuperação da Orey Antunes que tinha sido aprovado pelos seus credores.
Duarte orey
Miguel Baltazar
Alexandra Machado 27 de Julho de 2020 às 16:54

O plano de recuperação da Sociedade Comercial Orey Antunes (SCOA) já foi homologado pelo tribunal, apurou o Negócios, uma informação entretanto confirmada pela empresa em comunicado, onde diz: "o Plano de Recuperação foi homologado pelo Tribunal competente".

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Isto depois de já ter sido aprovado pelos credores no decurso do mês de junho. Ao "sim" dos credores faltava o "sim" do juiz.

A SCOA propôs, no âmbito do PER, um plano de pagamento da sua dívida até 2032, ano em que concluirá o pagamento de 6,488 milhões de euros, o que significa um perdão de 90% dos créditos reconhecidos que ascendem a 58 milhões de euros.

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De acordo com o plano, a sociedade espera ter lucros já em 2020, mas por via de um resultado extraordinário no âmbito do PER de 20 milhões. Os lucros seriam, assim, no primeiro ano de implementação – o PER sofreu algum atraso devido à pandemia de covid-19 – de 18 milhões, descendo para um valor abaixo dos 2 milhões no segundo ano, para em 2032 atingir os 4,4 milhões.

A SCOA explica, no comunicado divulgado esta segunda-feira, 27 de julho, que "o plano de recuperação vincula a Sociedade e os credores, mesmo que não hajam reclamado os seus créditos ou participado nas negociações".

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Em comunicado à CMVM, a SCOA divulgou em junho que, na assembleia de credores, votaram 73,78% dos créditos totais, tendo-se abstido 26,22%. Assim, votaram favoravelmente ao plano 51,94% dos créditos, e a votação contra teve 21,84%. 

O tribunal já homologou. Entretanto, as ações da SCOA continuam suspensas, de acordo com a CMVM, justificando esperar pela divulgação das contas de 2019 no prazo legal. A sociedade já tinha anunciado que iria adiar a apresentação dos resultados do ano passado por estar à espera da homologação do processo especial de revitalização (PER) já aprovado pelos credores. O que já aconteceu. A CMVM informou esta segunda-feira, 27 de julho, que tinha renovado a suspensão das ações, "na sequência do emitente não ter publicado informação financeira periódica no prazo".

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