Retalho e energia levam PSI-20 a subir 1% na semana
O principal índice nacional recuperou esta semana da forte queda da passada semana, na qual perdeu 4,39%. Enquanto retalho e energia estiveram a puxar pelo PSI-20, cotadas da banca e PT pressionaram.
O PSI-20 encerrou a semana a valorizar 1,04%, impulsionado pelos sectores do retalho e energia. A Jerónimo Martins liderou os ganhos da semana, enquanto o Espírito Santo Financial Group voltou a ser o destaque pela negativa.
Na semana em que 11 empresas encerraram a subir, sete no “vermelho” e duas inalteradas, o destaque foi, no início, para a continuação da crispação entre a Ucrânia e a Rússia. Na segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo propôs que fosse analisada a situação de crise nas regiões ucranianas "com urgência" no Conselho de Segurança das Nações Unidas e na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
O Ministério russo apelou ainda às autoridades de Kiev, capital da Ucrânia, para pararem "a guerra contra o seu próprio povo", declarando-se indignado com as ameaças do Governo ucraniano de recorrer ao exército para acabar com os tumultos no leste da Ucrânia.
Jerónimo Martins e EDP sobem mais de 5%
A Jerónimo Martins fechou a semana a liderar os ganhos da bolsa nacional, ao valorizar 5,56% para 12,91 euros. Também no retalho, a Sonae impulsionou o PSI-20, encerrando a semana nos 2,10 euros, depois de valorizar 2,50% na semana.
No sector energético, o destaque vai para a EDP, que subiu 5,13% esta semana, terminando nos 3,364 euros. Além da empresa liderada por António Mexia, Galp Energia e REN concluíram a semana com um saldo positivo, ao subir 1,57% e 0,35% respectivamente. A puxar pela Galp Energia esteve o anúncio de que que foi aprovada a fase de desenvolvimento do projecto Kaombo no Bloco 32 em águas ultra-profundas do offshore de Angola.
No sector do papel, a Semapa - que na quarta-feira concluiu o processo de emissão de obrigações num total de 150 milhões de euros - encerrou a semana nos 10,065 euros, depois de valorizar um total de 0,35%. CTT e Zon Optimus registaram praticamente a mesma subida percentual, com a primeira empresa a subir 1,17% e a segunda 1,14%.
Altri e Impresa foram as duas cotadas que fecharam a semana inalteradas, mantendo assim a cotação de 2,408 euros e 1,90 euros respectivamente.
Banca mista e forte queda da PT pressionaram índice
No sector da banca, o destaque pela negativa continua a ir para o Espírito Santo Financial Group, que manteve o papel de cotada que mais perde no PSI-20. A “holding” que controla o Banco Espírito Santo – que subiu 1,88% para 1,299 euros - continua a ser penalizada pelo receio dos investidores de que terá de fazer provisões no valor de 700 milhões de euros.
A penalizar o índice português esteve também o Banif, na semana em que Jorge Tomé, presidente executivo do banco, afirmou num encontro com jornalistas que o banco vai aumentar o seu capital em 138,5 milhões de euros, através de oferta pública destinada a privilegiar os actuais accionistas e clientes. As acções do banco fecharam a semana com uma perda acumulada de 11,75%, negociando nos 0,0107 euros – o segundo pior desempenho do PSI-20.
Jorge Tomé avançou ainda que as acções vão ser vendidas a 1 cêntimo, tal como nas operações anteriores. A colocação integral da operação permitirá aos investidores privados recuperarem a maioria dos direitos de voto no banco, passando a ter mais de 50% destes direitos contra os actuais 42%.
A encerrar as perdas da banca esteve o BCP que perdeu 0,85% na semana para 0,2138 euros, enquanto o BPI valorizou 3,32% para encerrar nos 1,96 euros.
A PT esteve também a pressionar fortemente o índice português, numa semana em que a cotada perdeu 6,85%, encerrando a negociar nos 2,99 euros. A empresa foi penalizada pela operação de oferta de acções da Oi - que começou dia 10 de Abril e termina dia 24 do mesmo mês -, no âmbito do aumento de capital da empresa e que se prende com o processo de fusão das duas empresas.
Em destaque pela negativa esteve também o sector da construção. A Mota-Engil terminou a semana a cair 1,41% para 5,307 euros, ao passo que a Teixeira Duarte caiu 0,27% para 1,11 euros.
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