Receios da recessão voltam a pesar em Wall Street
As bolsas dos EUA abriram a negociar em queda, com os receios de uma recessão iminente a subirem de tom alimentados pelos sinais de alerta no mercado de dívida.
Os mercados em Wall Street abriram a sessão desta quarta-feira, dia 28 de agosto, a negociar em território negativo, pressionado pelas preocupações com uma possível recessão no país, que aumentaram durante ontem à boleia dos mercados de dívida do país.
A curva das "yields" do Tesouro norte-americano a 2 e a 10 anos continuam invertidas – com os juros da dívida da maturidade mais longa, que renovaram mínimos do ano nos 1,479%, a negociar abaixo dos juros a 2 anos – e os receios de uma possível recessão contagiam o sentimento de Wall Street.
Esta inversão significa que os mercados temem mais o curto prazo do que o longo prazo, um cenário que não devia acontecer se a economia do país estivesse "saudável".
O Dow Jones recua 0,25% para 25.713,64 pontos, o S&P 500 cede 0,24% para 2.862,40 pontos e o Nasdaq caiu 0,39% para 7.196,21 pontos.
As ações do setor bancário, mais permeável aos sinais do mercado de dívida, seguem em destaque pela negativa com o Bank of America, o Citigroup e o JPMorgan a caírem quase 1%.
Ainda a ecoar no sentimento dos mercados está a guerra comercial entre os EUA e a China, depois de Donald Trump ter aconselhado as empresas do país a procurar alternativas à China.
"A esperança deu lugar ao realismo sobre as perspetivas para a disputa entre China e EUA ", escreveu Greg McKenna, analista da McKenna Macro, numa nota divulgada pela Bloomberg.
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