Moody’s considera dívida da TAP um investimento especulativo
A Moody’s atribui uma notação de B2 ao perfil de crédito da TAP e à sua prevista emissão de dívida no valor de 300 milhões de eutros. Esta classificação corresponde ao quinto nível do chamado "lixo" – sendo, pois, considerado um investimento especulativo (por oposição ao investimento de qualidade).
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A agência de rating considera, no relatório divulgado esta terça-feira, que o rating atribuído à TAP é suportado pela "localização estratégica da emitente em Lisboa, pela competitiva estrutura de custos comparada com outras companhias aéreas europeias (…), e pela robusta quota de mercado nas rotas para a Europa e Brasil".
Por outro lado, o rating tem a influência negativa de fatores como a pequena dimensão da companhia e a concentrada rede de rotas em comparação com transportadoras maiores, o volátil e fraco desempenho operacional histórico, e a ainda baixa rentabilidade quando comparada com os pares.
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Quanto à perspetiva (outlook) para a evolução da qualidade da dívida da empresa liderada por Antonoaldo Neves, a Moody’s classifica-a de "estável", conforme refere também o comunicado da TAP junto da CMVM.
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Segundo a Moody's, este outlook antecipa a manutenção de "um perfil de liquidez adequado e o foco no desendividamento da empresa".
Depois de a transportadora aérea ter anunciado ontem uma emissão de obrigações no valor indicativo de 300 milhões de euros, eram necessárias notações por parte de duas agências de rating.
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Uma delas pronunciou-se ainda ontem: foi a Standard & Poor's e atribuiu melhor classificação, ao colocar a dívida da TAP no terceiro nível de "junk".
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A emissão, que tem como objetivo refinanciar dívida existente, destina-se apenas a investidores institucionais.
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Ontem, após a avaliação da S&P, a TAP deu mais notícias ao mercado, ao reportar perdas de 111 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.
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(notícia atualizada às 22:04)
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