A inexistência de um governo mundial ou supranacional impede a tomada de decisões e impossibilita uma gestão do planeta como Aldeia Global que é.
Em contraciclo com as quebras de natalidade, o número de candidatos ao ensino superior continua acima dos 60000, apesar de ligeira redução face a 2021. O fator explicativo é tão somente o crescente número de estudantes que finaliza o 12º ano e pretende seguir um curso superior. Em Portugal, o principal mérito de Bolonha é claramente a democratização do acesso ao ensino superior.
No seguimento da Lei Europeia do Clima, aprovada em abril, a Comissão Europeia anunciou o “Fit for 55” que conta com treze propostas legislativas que têm por objetivo reduzir em 55% a emissão de gases com efeito de estufa e uma poupança de energia de 32,5% até 2030.
Portugal é um país inovador e criativo, inclusivamente no que toca a tecnologia. Mas falta-nos arrojo! Que belo exemplo poderíamos dar à digitalização, à participação cívica, com a criação do voto exclusivo via internet (m-voting).
Ninguém questiona que a educação é um ativo de capital humano das nações, fundamental para o desenvolvimento económico e social. Assim sendo, trata-se de um bem público, independentemente da natureza privada ou pública do prestador, que não pode obedecer a interesses e lobbys menos claros.
Apesar do inegável aumento do número de alunos que termina o 12.º ano e opta pela prossecução de estudos, este crescimento poderá a médio prazo não compensar as quebras de natalidade verificadas entre 2001 e 2015.
As universidades não podem ser confundidas com centros de investigação, nem um investigador deve ser confundido com um professor. Aliás, existem formalmente carreiras independentes entre ambas as funções.
O nível de incerteza da atual conjuntura impede a eficiência dos modelos econométricos mais completos e complexos e fazer previsões a mais de um mês torna-se meramente um exercício académico.
O número “oficial” de infetados só teria uma relação direta com o desempenho do sistema de saúde se fosse “testada” toda a população, e a métrica fosse um valor relativo em percentagem da população, porque o número absoluto pouco ou nada transmite.
Os professores do ensino superior representam hoje uma classe envelhecida e avessa a tecnologias, em que a substituição dos retroprojetores de acetatos pelo PowerPoint levou anos a concretizar, assim como as máquinas de escrever pelos computadores.
Um mundo global precisa de uma organização supranacional, como um Governo Mundial, capaz de impor, de forma legítima, políticas e soluções, também elas, globais.