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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
27 de Janeiro de 2015 às 00:01

A difícil sucessão saudita

É no meio de um clima explosivo no Médio Oriente que a Arábia Saudita assiste à substituição do seu monarca. Até que ponto este é o início de uma nova era na dinastia Saud?

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A Arábia Saudita sempre foi um reino de compromissos internos. De jogos de sombras que os olhares externos não descortinam facilmente. Há uma frase comum em Riade sobre o tema: "Os que falam não sabem, os que sabem não falam". Basta olhar para a lógica de sucessão: depois da morte em 1953 do rei Ibn Saud, fundador do Estado, o poder transmitiu-se não por via vertical, de pai para filho, mas horizontalmente, de irmão para irmão. Quem ascende ao poder já tem uma idade elevada. Mas, no horizonte, depois da morte do rei Abdallah e da sua sucessão pelo herdeiro designado, Salman, o próximo tempo parece de transição. O novo herdeiro é o seu meio irmão Muqrin, de 69 anos. Mas para o lugar de vice-príncipe herdeiro foi nomeado Mohamed Bem Nayef, de 55 anos, o ministro do Interior e que é visto com simpatia nos Estados Unidos. Mohamed representa, no entanto, uma mutação histórica e geracional, num momento em que a Arábia Saudita tenta equilibrar o seu poder hegemónico na região com a queda dos preços do petróleo (o sangue que irriga o poder na zona) e a ascensão da ameaça do Estado Islâmico.

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