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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
24 de Setembro de 2018 às 20:16

Irão/EUA: a nova confrontação

O atentado na cidade de Ahvaz incendiou novamente a pradaria, como alguns desejavam. Está mais perto um conflito militar entre o Irão e os EUA.  

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Nos últimos meses o cerco ao Irão tem-se apertado. As sanções económicas decretadas pelos EUA levaram a que muitas empresas europeias deixassem o país, criando condições para que os problemas económicos possam crescer. A venda de petróleo, principal receita do Irão, pode retrair-se, e assistir-se ao aumento de produção da Arábia Saudita e mesmo do Iraque, que fornecerão países que compravam ao Irão. E este país poderá recomeçar a sua estratégia de venda escondida, através de petroleiros "fantasmas", como avançava o FT este fim-de-semana. A tudo isso junta-se o conflito latente entre Riade (e Telavive) e Teerão, que ultrapassa o campo de batalha da Síria. O ataque a uma cerimónia militar na cidade de Ahvaz (onde a maioria da população é etnicamente árabe), o centro da indústria de petróleos do país, terá causado 29 mortos (incluindo membros dos Guardas da Revolução) pode muito bem ser a bomba incendiária para um conflito vasto na região. O Presidente iraniano Hassan Rouhani já veio dizer que o Irão estava pronto a confrontar os EUA e os seus aliados (Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos), desde que se prove o financiamento destes a grupos armados árabes no país. Rouhani, que esteve ligado ao acordo do nuclear de 2015, foi claro e duro. O desejo dos EUA concretiza-se: o governo iraniano poderá radicalizar-se.

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