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Macau e o dilema do jogo

As receitas do jogo em Macau continuam a decrescer mas, ao mesmo tempo, surgem novos casinos com investimentos consideráveis. Qual será o futuro destes sinais contraditórios?

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Longe vão tempos em que Ian Fleming, o criador de James Bond, escreveu em "Thrilling Cities", que em Macau, onde esteve no início da década de 60, "O Hotel Central não é precisamente um hotel. É um arranha-céus de nove andares, o mais alto edifício de Macau. (…) Quanto mais sobes no edifício, mais bonitas e caras são as raparigas, mais altas as apostas nas mesas de jogo, melhor é a música". Macau mudou muito desde então. Mas o jogo continuou a ser o centro da sua economia. A pomposa inauguração há alguns dias do Wynn Palace, o novo hotel/casino da Wynn Resorts, acontece num momento de fragilidade do jogo em Macau. As receitas do jogo estão a cair há 26 meses consecutivos. Em Julho registou mesmo uma queda homóloga das receitas brutas de 4,5%, para 2.221 milhões de dólares. Com 350 mesas de jogo (cerca de 50 reservadas para o jogo VIP), 1.706 quartos e 10 restaurantes, o novo Wynn ("possivelmente o mais belo hotel do mundo", disse Steve Wynn) representou um investimento de 4,2 mil milhões de dólares. Em Setembro surgirá na faixa Cotai (entre Coloane e a Taipa), outro complexo, o Parisian (que terá uma réplica da Torre Eiffel), do grupo Las Vegas Sands. O investimento é ainda superior. Todo este investimento atrairá mais jogadores, como é desejado, mesmo num período em que a luta contra a corrupção do presidente chinês Xi Jinping atenuou substancialmente a ida de jogadores da China para o território?

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