Os desafios da ponte de Macau
Foi inaugurada a ponte que liga Macau a Hong Kong e Zhuhai. Cria esperanças, mas também dúvidas. Integra uma vasta região, mas também pode absorver as cidades menos poderosas. Que acontecerá?
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Foi um trabalho de Hércules, mas foi finalmente inaugurada: é a ponte sobre as águas mais longa do mundo e liga Hong Kong, Macau e Zhuhai. E faz parte do ambicioso plano de integração das regiões administrativas especiais na China. A ponte, inaugurada pelo Presidente Xi Jinping, terá custado cerca de 20 mil milhões de dólares. O sonho é paralelo ao dispêndio: a conexão de Macau e Hong Kong a 11 cidades chinesas pretende criar um pólo "high-tech" que possa rivalizar com Silicon Valley. A ponte foi especialmente criticada em Hong Kong, onde muitas vozes da oposição se insurgiram contra o projecto, chamando-lhe "redundante". Começou a ser construída em 2009 e desenhada para sustentar ventos ciclónicos, como acontece muitas vezes na zona. Deveria ter sido inaugurada em 2016, mas houve muitos contratempos, da construção a questões de segurança e aumentos de orçamento. Helena Senna Fernandes, a directora dos Serviços de Turismo de Macau, disse que o território vai beneficiar dela e que chegou o momento de capitalizar as oportunidades que a abertura da ponte pode proporcionar às empresas do território." Acrescentou mesmo: "A abertura da ponte será benéfica em termos turísticos e irá proporcionar outros benefícios no que se refere à logística e ao comércio. A ponte proporcionará uma maior ligação com, por exemplo, o aeroporto de Hong Kong, algo que irá facilitar o aumento do número de turistas que visita Macau." Espera mesmo um aumento de turismo.
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