Pedro Brinca - Jornal de Negócios

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

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A esquerda, sempre tão obcecada em meter progressividade em tudo o que mexe, agarra-se assim a uma "flat rate" para o acesso ao primeiro ciclo do ensino superior, que quer condenar ao desaparecimento à medida que a inflação vai fazendo o seu trabalho.

Populismo e realidade

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social investe cerca de 50% em dívida pública do próprio país. Imagine-se que existe uma crise da dívida portuguesa, como existiu em 2011. Caiem as contas públicas e colapsa o FEFSS. É o caso clássico do trabalhador que poupa em ações da própria empresa: se a empresa fecha, perde o emprego e a poupança.

Lei obriga bons gestores a gerir mal

Cinco dos 20 maiores empregadores em Portugal são precisamente empresas de trabalho temporário. Isto reflete um país com legislação laboral esquizofrénica, que consegue ficar em terceiro lugar no ranking de países com maior rigidez laboral da OCDE, mas, ao mesmo tempo, em terceiro lugar na União Europeia em termos de contratos a termo certo.

Trabalho temporário permanente

Os construtores responderam com mais oferta onde a procura era maior e onde os preços mais subiram. Apenas o aumento da oferta não foi suficiente para mais do que compensar a maior procura e assim fazer descer os preços.

Destruição de casas em Gaza leva a diminuição dos preços da habitação

Enquanto não percebermos que quanto mais penalizarmos a criação de riqueza menos riqueza criamos, mais pobres seremos e menos há para distribuir, não saímos da cepa torta.

Portugal entre os últimos dos impostos diretos

Os benefícios fiscais para inquilinos e senhorios atuam sobre a procura, mas também sobre a oferta. Portugal é dos países com menor percentagem de colocação no mercado de arrendamento de segundas habitações. O incentivo dado pode ajudar a que mais casas entrem no mercado para este fim.

Constrói e arrenda tu, Margarida

Como diz Paulo Raimundo, líder espiritual da CGTP, é para rejeitar tudo. É para rejeitar a extensão do tempo mínimo dos contratos a prazo para um ano, é para rejeitar a regulação do teletrabalho, é para rejeitar o reforço da negociação coletiva, é para rejeitar tudo o que apanhar pela frente.

Nem sol na eira, nem no nabal

A pandemia não foi amiga das contas públicas francesas, nem de qualquer outro país, mas as eleições de 2022 produziram um parlamento fragmentado que não teve força política para reverter o salto de 98% para 115% do peso da dívida no PIB.

Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão

A Europa deve evitar tornar-se apenas uma utilizadora de IA estrangeira, como aconteceu com as suas indústrias de telecomunicações ou hoteleira, que perderam valor para intermediários.

O seguidor inteligente

Todos os anos pelo verão passamos por isto. Incêndios constantemente nas notícias, com particular incidência na zona centro do país. Todos os anos quem combate os incêndios se queixa da falta de meios para o combate. As populações queixam-se da falta de apoio das forças de combate. E o governo queixa-se de condições excecionais que levaram a uma crise que não era previsível.

Incêndios, incêndios e mais incêndios

Não adianta desenhar sistemas para realidades que não existem. Enquanto o gestor público tiver as limitações que tem, pelo menos na saúde e segundo o tribunal de contas, a produção de serviços de saúde (não confundir com a provisão), parece mesmo melhor estar entregue aos privados.