Portugal, um país conhecido pelas suas universidades?
No atual momento geopolítico em que as universidades americanas estão sob ataque cerrado da administração do Presidente Trump, a afirmação de Portugal e da Europa através do ensino superior, e das universidades em particular, representa uma oportunidade que não devíamos desperdiçar.
Poucas são as áreas em que Portugal é reconhecido mundialmente pela sua excelência. Mas e se, além do futebol e do turismo, a educação superior se tornasse uma dessas áreas?
Imaginemos um país de universidades excelentes no ensino e na produção de conhecimento, que conquistassem uma reputação global semelhante às dos Estados Unidos, Reino Unido, França ou Países Baixos, transformando o nosso país num destino de eleição para estudantes e cientistas de todo o mundo. Por um lado, esta ambição parece totalmente irrealista aos dias de hoje. Por outro, se pensarmos especificamente em escolas de gestão, finanças e economia, o cenário já se torna mais plausível.
Em 2024, a Nova SBE fez história ao ver os seus dois maiores programas de mestrado entrar no Top 10 mundial dos rankings de mestrados em Gestão e em Finanças do Financial Times (FT), atingindo os 8.º e 7.º lugares nos respetivos rankings mundiais. O mesmo FT acaba de divulgar a edição de 2025 dos mestrados de Finanças e este ano posiciona o Mestrado Internacional em Finanças da Nova SBE como o 6.º melhor do mundo. Voltámos a fazer história! (Nota: os rankings relativos aos mestrados em Gestão serão publicados em setembro).
Esta é a posição mais alta alguma vez alcançada pela Nova SBE, ou por uma universidade portuguesa, nos rankings globais do FT. A ascensão consistente dos programas da Nova SBE, de 29.º em 2011 a 6.º em 2025, resulta de um conjunto de fatores como a internacionalização da escola, o enfoque na empregabilidade dos graduados, e a excelência e diversidade do corpo docente, em parte resultante da decisão tomada há várias décadas de rejeição da endogamia académica (i.e. não recrutar os seus próprios doutorados), como forma de se manter sempre aberta e diversa. Isto levou a que hoje aproximadamente 60% dos professores da Nova SBE sejam internacionais e que em 2025 a escola tenha atingido um número recorde de candidatos oriundos de cerca de 100 países.
Tudo isto apenas foi possível graças ao apoio de professores, colaboradores, alunos, antigos alunos e sociedade civil, incluindo empresas e organizações que têm ajudado a construir uma nova escola e um magnífico campus.
No atual momento geopolítico em que as universidades americanas estão sob ataque cerrado da administração do Presidente Trump, a afirmação de Portugal e da Europa através do ensino superior, e das universidades em particular, representa uma oportunidade que não devíamos desperdiçar.
Nas áreas da Gestão, Economia ou Finanças (área em que Portugal tem cinco programas nos top 70) — mas não só —, Portugal tem vindo a afirmar-se e a atrair um crescente número de candidatos internacionais em quantidades nunca antes imagináveis.
Mas, para além de ser top 10 mundial, o programa da Nova SBE destaca-se ainda como um dos que tem propinas mais baixas entre todas os programas do top 25 mundial de mestrados de Finanças, existindo apenas três programas com propinas inferiores, nomeadamente de escolas na China, Suíça e Suécia, cujos modelos são altamente financiados pelo Estado. As outras alternativas no top 25 têm propinas significativamente mais elevadas do que as da Nova SBE, nalguns casos, quatro ou cinco vezes superiores,
Isto significa que um aluno português que queira estudar num programa de finanças de topo mundial tem como alternativa mais acessível a Nova SBE e, caso o aluno não tenha condições socioeconómicas para realizar o mestrado, pode sempre candidatar-se a uma das bolsas atribuídas pela Nova SBE. Por isso iniciámos um ambicioso programa de angariação de fundos para garantir uma resposta eficaz à crescente procura de bolsas por parte de alunos com dificuldades financeiras. Este ano, atribuiremos mais de 400 bolsas, num total superior a 3,1 milhões de euros em apoios sociais, para continuarmos ao lado dos alunos com comprovada necessidade financeira. Este programa contempla vários níveis de apoio, abrangendo não apenas o valor da propina, mas também alojamento e alimentação. Este investimento torna a Nova SBE a escola nacional que mais canaliza receitas próprias para apoio social aos seus estudantes.
Vale a pena recordar que as propinas estão congeladas em Portugal desde 2021. Se por um lado são evidentes as vantagens de oferecer programas excelentes a baixo custo, por outro, essa situação não é sustentável e coloca desafios tremendos às universidades. Se por um lado é compreensível que não se queira tocar nas propinas das licenciaturas (e que estas possam até ser reduzidas), por outro, as propinas nos mestrados deviam merecer a atenção do atual governo e, em particular, do Ministério da Educação, Ciência e Inovação e ser “descongeladas”!
Em 2024, o Ministro Fernando Alexandre deixou claro que o eventual descongelamento das propinas dependeria sempre da criação de um novo regulamento de ação social que protegesse os alunos em situação financeira vulnerável. Na Nova SBE, estamos totalmente alinhados com a preocupação do Sr. Ministro e aceitamos o desafio! Queremos que a nossa escola seja, cada vez mais, aberta, inclusiva e acessível para que todos os alunos com mérito académico possam estudar connosco, independentemente da sua condição económica.
E se as propinas forem descongeladas, assumimos o compromisso de reforçar ainda mais o apoio social aos nossos alunos.
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