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Digital Twins 101: Ficção científica ao serviço das empresas

Nos últimos anos, temos assistido ao crescimento de aplicações que mapeiam para o mundo digital diferentes aspetos do nosso mundo físico. Os conceitos por detrás de filmes como Matrix, Upload ou Avatar parecem hoje em dia menos fantasistas. Neste artigo, escrevo sobre Digital Twins (Gémeos Digitais), uma destas abordagens que está a ganhar tração no mundo dos negócios.

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O que são Digital Twins (DTs)? Um DT é uma representação (modelo) digital de um objeto físico, com ligação a fontes de dados em tempo real do ambiente em que o objeto se insere. Um exemplo muito simplista do nosso quotidiano é o Google Maps, que é um DT da superfície terrestre. O modelo usa dados de trânsito em tempo real para otimizar itinerários para os utilizadores. Em aplicações empresariais, o objeto físico de um DT pode ser de diferentes tipos. O mais comum é ser um produto - por exemplo, um frigorífico - com recolha de dados em tempo-real ao longo do seu ciclo de vida (desde a conceção à reciclagem), tais como, dados da sua utilização em casa dos consumidores (e.g., abertura e fecho das portas). Pode também ser uma fábrica, com sensores instalados nas máquinas e produtos alimentando o DT da fábrica com informação em tempo real. E pode também ser uma cadeia de abastecimento, com armazenamento de informação sobre os produtos que nela circulam, por exemplo, o seu fornecedor de origem, permitindo o rastreamento de problemas de qualidade. Não confundir um DT com uma simples simulação ou desenho técnico (CAD) de um produto: ao contrário destes casos, um DT acompanha todo o ciclo de vida do produto; e processa e atua sobre dados em tempo real sobre o produto e seu ambiente circundante.

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