Teoria do dominó
George W. Bush está a aplicar a famosa «teoria do dominó», que dominou a política americana durante a guerra do Vietname, às instituições que hoje são transversais a um mundo cada vez mais globalizado.
E onde a única língua franca dá pelo nome de «tolerância». Essa palavra não faz parte do dicionário básico de Bush e, por isso, nomeou Bolton para amestrar a ONU e Wolfowitz para pastorear o Banco Mundial.
Ambos têm uma coisa em comum: acham que os EUA são o centro do mundo, da mesma forma como há uns séculos alguns consideravam que o sol girava à volta da Terra. A escolha não é inocente mas a Europa tem de se encolher, porque não tem nem peso económico, nem liderança política, nem poderio militar. Para Bush tudo é simples: cai a ONU, cai o Banco Mundial, cai e não fica nada.
Algo que é uma «reprise» de uma canção de Ivan Lins. Bush leu demasiado «Steve Canyon», a BD do genial Milton Caniff, que influenciou à direita «Corto Maltese» de Hugo Pratt. E não consegue sair do mundo da ilusão. É por isso que o Árctico um dia será um imenso poço de petróleo e a ONU e o Banco Mundial serão empecilhos dispensáveis. Bush não é a nova direita liberal que é necessária ao mundo. É simplesmente o cangalheiro do futuro.
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