O neurónio tecnológico
José Sócrates não sabe se é um guerreiro Jedi ou um Darth Vader do choque tecnológico português. Porque ambos vão beber à mesma fonte. Ou se, simplesmente, vai apanhar um choque eléctrico ao colocar os dedos numa ficha que está em curto-circuito há muitos
Sócrates é um verdadeiro bandeirante da tecnologia: tenta descobri-la nos locais mais íngremes do mundo. Poderá descobri-la. Como poderá encontrar um Tiranossaurus Rex pela frente. E ser devorado como uma presa apetecível. Isso pouco importaria se o país pudesse inovar e ser inovador. No entanto o primeiro-ministro tenta importar modelos como se eles fossem possíveis de adquirir nas marcas mais reputadas da Europa ou nas fábricas que fornecem as lojas dos 300. Agora, pelos vistos, o ocupante da cadeira que dirige o país a partir de S. Bento, encontrou um novo alfaiate que pode cortar tecidos, não com uma tesoura, mas com um raio laser. Chama-se Finlândia. Nenhum país é uma nova fronteira tecnológica porque quer. É porque houve uma estratégia nacional que foi seguida independentemente dos partidos que governavam. Mas, em Portugal, tudo muda ao sabor da oscilação eleitoral do «centrão». O que nem sempre coincide com «neutrão». Ou com uma palavra mais sisuda: neurónio.
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