pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Até mudou de nome mas faliu e está agora em leilão online por 1,8 milhões

A fabricante de mobiliário Kiune, que nasceu como Cozimafra Prestige e foi rebatizada há ano e meio, entrou em PER com dívidas de 3,5 milhões de euros, dos quais meio milhão ao Estado, mas o seu plano de recuperação foi chumbado, apresentando-se à insolvência já este ano.

18 de Junho de 2025 às 12:44

Nasceu como Cozimafra Prestige, em 2016, em Ponte do Rol, Torres Vedras, mas mudou de nome para Kiune, no final de 2023.

O “rebranding” não surtiu efeito, pois pouco meses depois, em julho do ano passado, aderiu ao Processo Especial de Revitalização (PER) com dívidas de 3,5 milhões de euros, tendo a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alenquer como maior credor, reclamando 1,3 milhões de euros, seguindo-se o BCP (727 mil euros) e estatal Caixa Geral de Depósitos (405 mil euros).

A Segurança Social e o Fisco surgem na lista com créditos reconhecidos de 60 mil e 10 mil euros, respetivamente.

O plano de recuperação da Kiune viria a ser chumbado pelos credores, o que determinou a apresentação da empresa à insolvência em 25 de fevereiro passado.

Especializada no fabrico de mobiliário, a Kiune dedicava-se ao design, produção, comercialização, importação, exportação, instalação, assistência e manutenção de mobiliário para cozinha, lavandaria, quarto, sala e casa de banho.

Entretanto, no âmbito do processo de insolvência da Kiune, a massa falida decidiu colocar a unidade industrial completa para fabrico de mobiliário – avaliada em mais de 1,8 milhões de euros – em leilão eletrónico, tendo escolhido para o efeito a plataforma da leiloeira Leilosoc.

O estabelecimento comercial posto em leilão online inclui um armazém industrial, máquinas e equipamentos.

“Os ativos podem ser adquiridos lote a lote ou através de dois tipos de combinação de venda. A unidade industrial completa (imóvel com os bens móveis) tem um valor base de 1.822.550 euro e um valor mínimo de 1.564.295 euros. A totalidade dos bens móveis está avaliada em 100.850 euros (valor base)”, detalha a Leilosoc, em comunicado.

O armazém industrial tem uma área total de 5.828 metros quadrados e é constituído pelos pavilhões A e B, duas frações autónomas com logradouro comum.

Os pavilhões têm áreas brutas privativas de 1.158 e de 1.386 metros quadrados, respetivamente.

Ainda de acordo com a informação fornecida pela Leilosoc, o edifício tem um valor base de 1.721.700 euros e um valor mínimo de 1.463.445 euros, com os interessados a poderem iniciar as ofertas em 1,2 milhões de euros.

“Ao abrigo do Artigo n.º 270, n.ºs 1 e 2 do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), o armazém beneficia de isenção de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto de Selo”, realça a leiloeira.

Relativamente ao universo dos bens móveis, estão em leilão máquinas e equipamentos industriais (CNCs, orladora, esquadrejadora, linha de montagem, entre outros), equipamentos de apoio à indústria, stock e matérias-primas, e equipamentos de escritório.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio